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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Hoje até os Mortos foram Roubados

Dia 1 de Novembro de 2013 foi um dia de assalto sem precedentes. Assaltaram-se vivos e mortos, em todas as gerações – dos vivos é claro.


Hoje, por decisão do Governo, deixou de haver feriado, morrendo com isso uma longa tradição de origens ainda mais antigas que o cristianismo, ou seja, mais de 2000 anos. Impediu-se o continuar de uma tradição que vinha já de tempos celtas e sobreviveu adaptada durante toda a era cristã até aos dias. Impediu-se que as crianças por Portugal continuassem a tradição de irem, de porta em porta, “pedir bolinho”. E, talvez mais grave que tudo o resto, impediu-se que os vivos visitassem, por todo o país, neste dia dedicado aos mortos, os familiares e amigos desaparecidos.

Não é fácil conseguir um roubo de tão grande impacto, especialmente quando até os mortos são roubados.

Algumas curiosidades sobre este feriado no blogue A Busca pela Sabedoria:

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Inauguração pelos Leirienses da Ponte D. Dinis

Numa noite de verão, correndo uma leve brisa por Leiria, os Leirienses inauguram, eles mesmos, a ponte que finalmente concluiu a ligação do Polis.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Porque prevalecem os comentários negativos?

Em tempos arrisquei, para outro blogue, um ensaio sobre as Redes Sociais da Internet (intitulado de: "Serão as Redes Sociais um Perigo Intelectual?"). Nessas palavras socorri-me de alguns especialistas que referiam o potencial, devido ao modo como se transmitem as mensagens escritas e como isso poderia levar a erros de interpretação, de se extremarem posições e de se criarem conflitos entre os intervenientes virtuais. Como utilizador regular da maioria das mais importantes redes sociais – as que persistem e as que derrocaram no esquecimento e marasmo, com o tempo – tenho vindo a sentir um comportamento curioso da parte das pessoas a quem estou ligado nessas redes. Não sei se será um comportamento típico dos portugueses, se será algo universal, mas existe uma tendência evidente para se comentarem publicações alheias quando o objetivo é fazer crítica destrutiva ou negativa. Quando à construtiva, os comentários tendem a diminuir, e para o reforço positivo ainda menos! Já tiveram essa sensação também?

domingo, 16 de setembro de 2012

15 de Setembro de 2012: A Mudança de Paradigma Político?


O dia 15 de setembro de 2012 foi marcante. Não foi a primeira vez que estive numa manifestação, e muito provavelmente não será a última. No entanto, nunca tinha participado numa assim. Foi quase surreal ver, no mesmo espaço, e movidas por sentimentos semelhantes, tantas pessoas diferentes, de estratos sociais, idades, e orientações cívicas/políticas/ideológicas. Para uma cidade pouco dada a movimentações  e manifestações sociais desta natureza, foi um momento para recordar a marcha pela Avenida Heróis de Angola!

Independentemente da contestação em causa – o reclamar pela austeridade continuada e cega que contribuirá para um decrescimento muito acentuado da qualidade de vida generalizada em Portugal - e independentemente do urgência e drama social nacional - que não é obviamente de diminuir -, dia 15 de setembro os portugueses demonstraram a si mesmos que são uma força viva, e que se conseguem mobilizar por causas abrangentes. Provavelmente, de futuro, a sociedade irá mudar no modo como encara a cidadania ativa e a política no seu sentido mais puro, como um ato colético de autogoverno social. Provavelmente este foi um reflexo evidente de que o paradigma político está a mudar, que o sistema de representação político tem de ser ajustado aos novos tempos e que os cidadãos irão querer participar mais politicamente. Eu pelo menos espero que isso seja verdade e aconteça de facto, para nosso bem (coletivo)!
Quando 10% da população sai propositadamente à rua o mínimo a que nos obrigamos é à reflexão!



sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Governos Incoerentes – Os Novos Neoliberais

Com as novas medidas de austeridade não há hoje português indiferente aos que nos governam. Pelo menos, no final do mês, quando sobressair o corte na folha de vencimento - para quem a tiver -, há garantia de um mau estar coletivo, de tendencial revolta, para com a ação dos dirigentes políticos.

Pensando nas medidas recentemente anunciadas propriamente ditas, podemos fazer várias leituras políticas mais conceptuais. Há várias tendências políticas – para não lhes chamar “ideologias”, pois isso intimida muito boa gente – com soluções diferentes para o caso dos défices das contas públicas e para a crise. Haverá quem defenda o aumento das receitas e quem defenda a redução da despesa, ou então um misto ponderado de ambas as alternativas – pessoalmente, aquela que me parece mais equilibrada e adequada, mas que exige mais esforço informativo, organizativo e estratégico. Teorizando ao de leve, é difícil de enquadrar politicamente a opção deste Governo. Digo deste especificamente pois todos sabemos que se trata de uma Governo de Direita que defende uma visão neoliberal de “Estado Mínimo” - menos intervenção, menos sector empresarial público, menos peso e responsabilidade pública na saúde, educação e ação social, e menos outras mais coisas importantes -, acompanhado da redução da carga fiscal. Depois das notícias que ouvirmos – e parece que mais ainda virão -, é difícil de encaixar a teoria com a prática governativa. É mesmo chocante! Foi o próprio atual Primeiro-ministro (PM) que disse, em tempos passados, que a economia funcionaria muito melhor se estivesse menos restringida por impostos e burocracias, com um estado “ágil e leve” – a velha teoria liberal da “mão invisível” de Smith que autorregularia e salvaguardaria a eficiência os sistemas económico-sociais. Por mais que custe a admitir, mesmo que o Governo quisesse seguir essas políticas de fundo – novamente uso este termo para evitar o recurso à temida “ideologia” – a Troika provavelmente não deixaria. No entanto, se recuarmos pouco mais de um ano, veríamos o atual PM a forçar o PM da altura, por falta de apoio parlamentar ao Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) 4, a criar as condições para que a tal Troika tomasse conta do país.
Então afinal a culpa é de quem? Dos que estiveram, dos que estão ou dos que virão? A culpa seguramente é pelo menos dos dois primeiros, sendo a percentagem de cada um discutível. O que não é admissível é desculparmo-nos também da nossa responsabilidade cívica. É nosso direito e dever contribuir para a governação política, nem que seja demonstrando descontentamento, alternativas e que queremos outras soluções!
Texto publicado no Jornal Tinta Fresca

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Morreu José Hermano Saraiva mas fica a sua História

Pela avançada idade de José Hermano Saraiva a notícia da sua morte é encarada como um evento inevitável, no entanto quando alguém nos entra por casa através da televisão durante tantos anos ficamos ainda assim tocados.  Cerca de 40 anos de não podia deixar de ter os seus efeitos nos telespectadores, e os programas de José Hermano Saraiva tiveram muito. 
Pela sua própria história, José Hermano Saraiva terá, seguramente, admiradores e detractores. Pessoalmente confesso que quase me choca a relação e admiração que tinha para com o ditador e o Estado Novo - ou não tivesse sido deputado e ministro nessa época. As posições ideológicas podem fazer afastar os mais democratas do célebre historiador português. No entanto, tal como muitas outras figuras das História, a complexidade da personalidade de cada um, com as suas múltiplas facetas e atividades, pode de determinados pontos de vista e para cada vertente haver leituras e simpatias diferentes.No caso de José Hermano Saraiva desta-se o papel de Historiador de Televisão. Ou seja, alguém que tenta fazer levar a História à televisão para os grandes públicos. Não consta que tivesse sido um brilhante historiador do ponto de vista técnico ou académico, mas foi seguramente um dos melhores - se não mesmo o melhor - a comunicar História. A sua ação foi imensa e o seu mérito sem precedentes no modo como conseguiu levar a História a um público muito vasto e como conseguiu despertar nesse mesmo público um interesse por um assunto pouco habitual. Mesmo aqueles que consideram a História como algo chato e pouco útil reconheciam o mérito e interesse da personagem.
Assim, penso que José Hermano Saraiva ficará para a História de Portugal como alguém que muito fez pela própria disciplina utilizando a tecnologia de comunicação de massas do seu tempo: a televisão.
Como apaixonado por História não podia deixar de assinalar aqui, mesmo que ao meu jeito atabalhoado e redundante, estas personalidade do século XX Português, ele próprio parte da nossa História coletiva. Que  História, os Historiadores, e o conhecimento geral o recorde e com ele aprenda.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Vento vandalista numa manhã de pouco civismo

Ia eu, ainda não atrasado mas com o relógio a relembrar-me que pouco faltava para a hora de entrada, a caminho do meu veículo, quando vem uma súbita e fortíssima rajada de vento. Apertei o casaco e ignorei. Mas um grande estrondo não podia deixar de despertar a minha atenção! Os caixotes do lixo, que tinham sido esvaziados durante a noite, estavam a ser projetados pelos humores de éolo para o centro da via - da Rua da Restauração! Desgovernadamente embatem num dos muitos carros que aquela hora passavam por aquela estrada. Ficou o carro parado e os caixotes de lixo estatelados no meio da estrada. A condutora saiu somente para inspecionar se o seu veículo tinha sofrido danos. Como pareceu o efeito tinha sido menor, voltou a entrar no carro e seguiu marcha. Fiquei um tanto atónito ao olhar para a cena, especialmente quando notei que ninguém parou e tentou ajudar, ninguém tentou sequer desviar os caixotes do lixo.

Local do evento dos caixotes do lixo voadores, já ao final da tarde
Voltei para trás e, atabalhoadamente, coloquei um dos caixotes junto ao seu local de origem e arredei um outro para uma berma de modo a evitar acidentes. Assim, parti atrasado para o trabalho, pensando para comigo sobre esta nossa sociedade...

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Quando percebi que me desagrada decorar história

Aquando da leitura do livro "Como se escreve a História", de Paul Veyne, e depois de relembrar os ensinamentos de Marc Bloch, tornou-se evidente para mim que História estava longe de ser uma atividade onde simplesmente se decoram eventos. O estudo e feitura da História é muito mais que isso, fazer História é refletir e sobre "o que se sabe até à data sobre determina época" e usar do racional para acrescentar conhecimento novo na forma de interpretação.
Bem, hoje durante um exame de "Pré-História" percebi na prática que sou incapaz de apenas decorar. Como o estudo das primeiras criações líticas pouco me diz, pouco fascínio me desperta, dificilmente poderei ter o interesse de fazer as associações que levam a conhecer a matéria, que depois leva a fixar alguns conceitos e ideias. Ou seja, sem a paixão que Marc Bloch diz que o historiador tem de ter pela história dificilmente se faz ou estuda história - no meu caso, dificilmente se passa à primeira no exame de pré-história.
Posteriormente, porque o tema da história como reflexão me parece ter muito interesse - a questão da paixão -, irei fazer um texto sobre o assunto no blogue A Busca pela Sabedoria


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Quando os deputados portugueses discordam de um alemão e dão razão a Thomas Hobbes

Thomas Hobbes
Se hoje Thomas Hobbes fosse vivo e estive atento ao que fazem os parlamentares portugueses diria: eu tinha razão. Hoje, pela intromissão do Presidente do Parlamento Europeu (Martin Schulz) na diplomacia e assuntos externos portugueses, e sua relação com Angola, conseguiu validar algumas das teorias de Thomas Hobbes. Ainda que não concorde com algumas interpretações, especialmente aquelas que dele se servem para demonstrar que a cooperação internacional é difícil ou até mesmo impossível, hoje o célebre teórico político do século XVII, segundo essas mesmas interpretações que me desagradam, teve a sua razão! Pela ameaça externa que foram as palavras de Martin Schulz foi hoje possível na Assembleia da República Portuguesa pôr todos os deputados de acordo, independentemente da sua "cor política".
Bem, que será que precisamos então para a mais concertação? Será que tem de vir mais algum estrangeiro dizer: vá, continuem lá na vossa desunião e incapacidade para trabalhar em equipa, vá continuem lá no buraco!
Hoje um pouco a contra gosto, mas se calhar o velho Hobbes até tem razão...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dias de reparações


Dos muitos materiais urgentes para reparar surge o estado último das necessidades humanas, os reflexos do que mal vai nesta vida de proximidade das próprias coisas. No caso das reparações do dia-a-dia que é preciso resolver, felizmente há sempre um fornecedor e solução construtiva curativa. Para as outras da alma - para quem tiver a sorte de a ter - as soluções são mais dúbias - talvez tão dúbias como sentir uma alma sem a ter. 
Estas palavras são reflexos dos dias em que reparar é a regra e o hábito! é difícil, quando passamos a vida a tentar reparar coisas, não pensar no nosso contributo para tentar reparar este nosso mundo.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ressuscitar o otimismo em inícios de novo ano!

Neste início de ano tenho notado algo de estranho em Portugal. Os portugueses nem sempre dedicam muita atenção e entusiasmo aos cumprimentos e saudações formais e informais entre desconhecidos – por exemplo, nem sempre se diz “bom dia” quando se entra numa loja, e, nos pequenos centros urbanos, já quase ninguém cumprimenta desconhecidos que passam pelo seu bairro. Não significa que sejamos “mal-educados”, mas comparativamente com outros povos ficamos um bocado aquém da etiqueta do dia-a-dia, o que é um pouco estranho pois até somos um povo aberto, caloroso, amistoso e que sabe receber. Apesar disso, costumamos, pelo menos nos primeiros dias de um novo ano, aquando dos nossos formais ou informais cumprimentos, fazer votos e desejar “um bom ano” ao nosso interlocutor. Parece, no entanto, que nestes inícios de 2012 as pessoas estão ainda mais reticentes em fazer esses votos. Parece que para muitos é quase ofensivo ser demasiado otimista nas felicitações de “ano novo”. Isso parece-me preocupante, pois revela indícios de uma psicologia negativista nefasta que leva a abdicar do que nos pode fazer superar este ano 2012, que se avizinha difícil. Seguramente que as dificuldades económicas e financeiras virão, seguramente que o Estado terá menos condições para nos aliviar e auxiliar naquilo que deveriam ser as suas funções, seguramente que continuará a ser difícil encontrar emprego, seguramente que a pobreza e desigualdades sociais continuarão a crescer. Por tudo isso, há que não baixar os braços e o otimismo ativo passa a ser cada vez mais uma necessidade imperativa!

   Para além dos cumprimentos, até nos nossos noticiários e serviços de informação reina o pessimismo e o espirito catastrofista. Por exemplo, ao compararmos os noticiários portugueses com os franceses ficamos chocados. Por cá os nossos duram o dobro do tempo e estão repletos de notícias catastróficas – e, quando as nacionais não chegam, procuram-se no estrangeiro. Não me parece que a culpa seja dos jornalistas, parece-me mais que é também aqui o funcionamento descontrolado do mercado da informação em ação. O negativismo está demasiado bem cotado nos Mass Media como fonte de audiência, erradamente a meu ver pois todos estamos já fartos dessas abordagens! São cada vez mais os que desligam as televisões… Precisamos de inovar no modo como se transmite a informação. Todos temos de fazer o nosso papel, por isso ficamos também à espera que os Media possam continuar a informar-nos mas optando por uma maior ênfase otimista na transmissão da notícia.
 
   Já é velho o ditado “tristezas não pagam dívidas”, já o otimismo se não o tentarmos nunca saberemos se servirá ou contribuirá para minimizar os nosso problemas. Não podemos abdicar do que melhor nos resta: a esperança de dias melhores! Se não tentarmos ser otimistas, ainda que realistas e conscientes, não poderemos tirar o melhor partido do que poderá vir neste ano de 2012. Pois, tudo na vida tem sempre um lado positivo e por vezes as crises trazem também oportunidades!

(Texto publicado no Jornal Tinta Fresca em 8 de Janeiro de 2012, no Jornal de Leiria em 12 de Janeiro de 2012 e no Diário de Leiria em 12 de Janeiro de 2012)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Vão-se os homens, ficam as obras e os exemplos

Este início de ano foi, de algum modo, estranho. Sabemos que a morte faz uma parte inevitável e derradeiramente integrante da vida de todos nós, mas quando vemos algumas pessoas desaparecer (especialmente aquelas que consideramos mais importantes) é inevitável pensarmos no silêncio e vazio da morte. Desde o início deste 2012 desapareceu Leonel Costa, depois Mário Brites e recentemente José Ribeiro Vieira (referências que faço e lembro sem diminuir todos os outros, mais ou menos desconhecidos, que, tendo desaparecido também, mereçam ser recordados pelos seus feitos e obras). Neste que foi assumido por algumas teorias da conspiração como o fim do mundo, infelizmente o ano começou com o fim para destacados e importantes cidadãos da nossa cidade e região. Ficou Leiria mais pobre com estas perdas, com o desaparecimento destes homens empreendedores - em muitas e diversas áreas - e que pelo seu trabalho, iniciativa e atividades, a desenvolveram [a região].  

Desapareceram os homens mas ficam as obras, sendo que não ficará o silêncio e o vazio quando as vidas foram preenchidas e repletas de nobres feitos e atos - mesmo que desconhecidos e por vezes de dimensões difíceis de reconhecer à primeira vista. 
Penso que a melhor homenagem - a estes, e outros e outras, grandes cidadãos - que lhes devemos fazer é contribuir também, o mais que pudermos - individualmente e/ou em grupo -, para elevar a cidadania e desenvolver a nossa terra, e com isso o país. Sendo que desenvolvimento não será somente melhorar a economia ou "fazer dinheiro", mas sim também contribuirmos para o desenvolvimento de todas as nobres atividades humanas, à semelhança dos exemplos que bebemos destes ilustres desaparecidos de Leiria.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Kellerman Remixed - Uma nova experiência de escrita

Dia 14 de Janeiro ficou disponível, para leitura e download, o último e-book de Paulo Kellerman - um conhecido e reputado escritor de Leiria. Até aqui nada de novo, pois o autor já tem vários e-books disponíveis online, e são vários também os livros em papel da sua autoria. O que torna este acontecimento relevante é que se trata de uma compilação de textos reconstruidos e recriados a partir de originais de Paulo Kellerman, daí o título "Remixed". Para além dos textos - originais e de remix -, constam até outras remisturas - duas criações sonoras e uma gráfica - que deu origem à capa do e-book, que por sinal é excelente!
Transformo esta notícia em "redundância da atualidade", registando-a aqui no blogue, para recordar a minha primeira experiência, mais séria, a escrever algo ficcional. Sim, tive a honra de ser convidado para este projeto coletivo, tendo escrito a história romanceada "Coisas que se contam no Salão de Beleza", num remix do texto de Kellerman "Coisas que se contam no consultório".
Quero agradecer ao Paulo pelo convite e a uma "bruxinha" pela lembrança e sugestão, realmente só uma assim poderia ter desencadeado a magia para que isto acontecesse.
Despeço-me do registo pedindo desculpa pela minha contribuição. Provavelmente ficou aquém do que esperavam, e do que esperava o autor. Tentei dar o melhor. Falhando completamente ou não, confesso que adorei e irei recordar esta experiência! Quem sabe um dia ainda escrevo uma história ou conto de maiores dimensões pela minha iniciativa própria.

Nota: 
O e-book pode ser descarregado no site do "Região de Leria" no seguinte link: http://www.regiaodeleiria.pt/blog/2012/01/14/kellerman-remixed/
Para conhecer mais sobre o escritor Paulo Kellerman fica o link do seu blogue: http://agavetadopaulo.blogspot.com/

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A ascensão da Popota e o fim do subsidio de Natal

Quase todos os dias um pouco por todo o lado, assim que surge a oportunidade para uma conversa informal, daquelas e café, vem à baila a Popota. Ainda bem que assim é, pois o assunto parece ser inofensivo e ajuda a desviar a atenção do filão de ouro que alimenta os nossos noticiários - a crise!!! Nessas conversas todos dizem: "a Popota está com uma (ou numa) forma!!!" 
Parece que a estratégia de marketing do grupo Sonae funcionou, pois como dizia Oscar Wild "falar bem ou mal pouco importa, interessa é que falem". Então e a questão dos subsídios, aquela que pode ter despertado o interesse para estas palavras? Respondo a isso com outra coisa que me saltou logo à vista nestas novas versões 2011 dos anúncios de Natal com a estrela que já é a Popota. Se analisarmos as imagens e os sons, o facto de ser uma campanha de Natal é pouco evidente. Não existe qualquer nostalgia natalícia, ambiente, roupas, adereços ou afins que tragam a memória do Natal!
Será que já começou o processo de habituação para os cortes do subsídio de Natal? Bem, se nos levarem a esquecer esta quadra pode ser que não sintamos a falta dos subsídios! Pois interessa é diversão, mesmo sem tradição ou um tostão! Será que o Governo está por de trás disto? Só falta dizerem que o Pai Natal foi despedido pela Coca-Cola...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Experiências académicas: procurar as alegrias vividas no IPL agora na UA

No passado dia 30 de Novembro, apesar de hoje o meu médico me dizer que estava pesado, senti um alívio e sair de peso de cima imenso: o mestrado estava concluído. Com a conclusão dessa etapa terminou um longo período de estudos no Instituto Politécnico de Leiria (IPL), ao todo 8 anos a estudar nessa instituição. Longe vai o tempo do Bacharelato em Engenharia Informática, depois o Bacharelato e Licenciatura em Engenharia Civil que agora culminaram no Mestrado em Energia e Ambiente. Depois de 8 anos no IPL e mais um de pós graduação em Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho, chega de estudar na dita área tecnológica. 
Anseio agora pelas letras e pela muito desejada aventura académica pela História. Felizmente, para mim e para muitos outros, existe uma universidade que nos permite estudar à distância sem que isso afecte a nossa vida profissional. A minha alegria foi imensa quando descobri que podia fazer os meus estudo em História na Universidade Aberta (UA), sem ter de perder tempo de trabalho e sem fazer deslocações. Melhor ainda, é possível fazer cadeiras ao nosso ritmo e segundo a nossa disponibilidade do dia-a-dia. Faço esta publicidade gratuita por ter a certeza que mais pessoas gostariam de ter também realizações pessoais académicas e desconhecem esta possibilidade.
 Agora, para mim IPL será mesmo somente o local de trabalho, mas digo somente sem qualquer menosprezo pois infelizmente hoje ter um emprego é quase um privilégio... As saudades só não ficam da instituição, onde tanta alegrias académicas tive, porque todos os dias ter o privilégio de a ver e sentir. Posso pelo menos tentar que outros possam ter as mesmas frutíferas experiências.

Digam-me lá que não acabei de comprovar o nome deste blogue com esta minha verdadeira e pessoal redundância?!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Recordar e registar um derrota onde venceram os valores

Não posso deixar de guardar a memória do dia das últimas eleições da JS da concelhia de Leiria. Não posso deixar de citar e relembrar algumas palavras escritas e transmitidas. Não posso deixar de agradecer novamente a todos os que fizeram parte desta verdadeira equipa de mérito que foi a candidatura "A União das Ideias"!
"No dia depois das eleições, a equipa do projeto “A União das Ideias” não podia estar de consciência mais tranquila pelo trabalho feito em prol do socialismo democrático e dos jovens do concelho de Leiria. O nosso projeto era sem dúvida composto por uma equipa com provas dadas – militantes ativos dentro e fora do partido, jovens cidadãos e cidadãs com C grande. Para além da qualidade dos membros que compunham as nossas listas candidatas, eram as nossas próprias ideias, os projetos concretos que defendíamos e nos propúnhamos a concretizar, que nos distinguiam!
Apesar de tudo, perdemos. Mesmo que na nossa lista constassem cerca de 90% dos e das militantes ativos/as da concelhia de Leiria, perdemos. As razões da derrota, ainda que por uma magra margem de 3 votos, estão longe de se relacionar com a qualidade do nosso projeto, elas prendem-se com alguns hábitos e estratégias que tentámos evitar a todo o custo nesta campanha. Preferimos a transparência e o reforço do papel da militância ativa participativa, direcionada para projetos coletivos de defesa do bem comum. Provamos que se pode fazer uma candidatura coerente e ética! Contribuímos com um bom exemplo de militância!
Apesar da derrota estamos de parabéns! Fomos coerentes, defendemos com todas as nossas forças, respeitando a ética republicada e o próprio socialismo democrático, um projeto inovador e uma nova maneira de estar em política!
O futuro está em constante transformação. Por vezes uma derrota ou contratempo transforma-se numa oportunidade. A situação que vivemos no país obriga-nos a continuar a lutar! Desistir está fora de questão!
Muito obrigado a todos e todas os/as que nos apoiaram. Mesmo na derrota, ainda que resultando numa vitória moral e da própria ética, não abandonaremos os jovens socialistas de Leiria. Novos projetos e ideias já se começam a esboçar!"

domingo, 27 de novembro de 2011

Fado - Um produto para exportação que até é imaterial!

Quando nos dizem que a nossa música, a nossa alma transformada em sons, é património da humanidade que mais sentir do que orgulho em ser português? Se António Vieira, que era padre, dizia , no seu tempo, que nós portugueses tínhamos um pequeno país para nascer mas o mundo inteiro onde morrer, então agora temos também o mundo inteiro para receber o seu património, aquele musical que por cá por Portugal se faz.

Reinterpretação da obra "Fado" de José Malhoa pelo autor e artista Jorge Miguel

Mas numa altura dita de crise da nossa economia, e quando interessa exportar a todo o custo, aqui poderá estar uma boa oportunidade de trazer riqueza para o país levando lá para fora o que temos de melhor. No caso do Fado, por ser imaterial, até tem vantagens no transporte! Vamos à exportação do que é bom, da cultura!!! Pena é já nem Ministério termos, ou não fosse o nosso fado um sem fim de ironias, calamidades, capacidade de recuperar e viver feliz com isso!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O simbolismo de uma Greve Geral - impressões de Leiria

Um pouco perdido neste dia de greve parti a pé para o centro da cidade de Leiria. Palmilhei ruas, praças e afins e pouco vi de manifestações de greve. Viam-se uns quantos cartazes a apelar à mobilização, mas contestação nem sinal dela. No entanto notava-se muito menos movimento nas ruas. Em Leiria o descontentamento demonstrava-se pelo marasmo e inercia. Leiria estava em Greve? Acho que sim!

Pelo caminho não pude deixar de refletir sobre o porquê e objetivo desta greve, e com isso sobre a nossa sociedade. No fundo, em termos práticos quantificáveis, provavelmente, esta greve não serve para nada: ela não vai resolver o problema económico do país e as dificuldades que os trabalhadores vão ter em 2012, podendo até agravar tudo isso. Mas será que os problemas da nossa nação, aqueles dos euros, não advêm de outros problemas de outra natureza? E se o nosso problema se relacionar com défices sociais ligados à psicologia relacional individual e coletiva? Como se explica que muitos portugueses não compreendam o valor simbólico de uma greve, mesmo quando as razões que a justificam se prendem com perdas de direitos laborais arduamente conquistados ao longo de anos de justas lutas? Como aceitar que agora se deite para o lixo, sob a justificação de uma crise micro e macroeconómica difícil de compreender, associada à alta finança e à desgovernação pública, aquilo que nos permite “respirar”? Mas onde está a nossa cidadania ativa? Onde está a nossa empatia social? Não nos conseguimos colocar no lugar do outro quando o outro é em tudo igual a nós mesmos? Será isto algum défice de desenvolvimento cognitivo coletivo? Estarei eu também, com todas estas críticas, a ser incapaz de me colocar na pele alheia?

Não havendo qualquer atividade construtiva a fazer para contribuir para este dia que deve ser de protesto, decidi direcionar a minha Acão para outros lados: fazer greve ao consumo e potenciar a palavra comunicada. Bem, é o mínimo que posso fazer! Se no passado muitos foram os trabalhares sacrificados, alguns mesmo com a vida, para termos direito à greve e todos os demais direitos laborais (alguns que agora são "suspensos"), por respeito da herança, há que tentar ser consequente.
Este dia sem vencimento vai custar no final do mês, mas custará muito mais a muitos, isso não duvido pois a realidade de algumas famílias é chocante! Que mais justificações precisamos?! E não me digam que os símbolos não são importantes, ou não fosse isto um importante símbolo de valor altamente relativo: €.
Se na última Greve Geral o simbolismo e o objetivo eram pouco evidentes, pois o Governo tinha acabado de se demitir e as eleições estavam ai à porta, agora o caso é bem diferente. Agora este novo Governo, depois de esquecer as críticas ao excesso de austeridade do PEC IV e de fazer o contrário do que prometeu em campanha - quem esquece as palavras de Maio de 2011: "os portugueses não aguentam mais austeridade"; "os subsídios são intocáveis"; e "aumentar os impostos está fora de questão" - obriga-nos a fazer algo, nem que seja algo simbólico! As eleições são para daqui a muito tempo, e dificilmente haverá outro modo tão evidente de demonstrar o sentimento de descontentamento, e de revolta em alguns eleitores que se sentem agora enganados. Se na altura referi que uma forma de demonstrar o nosso desagrado era com mais trabalho, agora volto a dizer o mesmo. Os trabalhadores portugueses, apesar de serem alvo de tudo o que não motiva para mais produtividade, seguramente responderão com o habitual esforço para compensar as perdas de hoje, mas pelo menos poderão fazê-lo depois de terem demonstrado o seu desagrado! 
A Greve Geral não deve ser usada como folga ou férias, por isso para além de incomodar uns quantos reacionários pelas redes sociais, decidi fazer greve ao consumo. Será a meu "pseudo-ascetismo" do dia.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Fazer muito ou pouco em dia de greve?

Confesso que nunca fiz greve na vida. Como não participei em algo do género confesso que fico sem saber muito bem o que fazer. As razões são mais que muitas para fazer greve, nunca tal se justificou tanto, pelo menos durante os tempos em que tenho vivido com a consciência desperta. Mas a questão é a seguinte: que fazer num dia de greve?
Muita inacção temos tido enquanto povo, muita mais enquanto cidadãos. Então até podemos fazer greve ao trabalho, como modo de demonstrar o nosso legitimo descontentamento, mas que fazer com o tempo livre? Bem, vou decidir o que fazer, o que será melhor do ponto de vista cívico neste dia de greve...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Que seres primitivos que somos na actualidade

No momento actual em que vivo se acreditasse no destino diria que está a ser irónico. Enquanto academicamente me dedico a estudar a Pré-História, sinto que muitos dos Sapiens de hoje têm muito ainda que evoluir no campo dos valores e da Ética. Nem os jovens escapam a essa fatalidade da condição humana contemporânea.

Para quando o salto evolucional para o Homo Ethikus?

Fonte: http://grafar.blogspot.com/2009/06/serie-do-mes-homens-das-cavernas_26.html





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Redundâncias da Actualidade - criado em Novembro de 2009 por Micael Sousa





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