terça-feira, 21 de junho de 2011

Uma experiência no concurso "Região com Futuro" 2011

No passado dia 8 de Junho deu-se a entrega dos prémios "Região com futuro", iniciativa da ADLEI e do IPL, que tinham como objectivo distinguir os melhores trabalhos de alunos do 12º e 3ªano do ensino profissional do distrito de Leiria e Concelho de Ourém. A cerimónia decorreu no auditório dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico de Leiria. Ao todo concorreram 37 projectos, muitas escolas, alunos e professores.
 Na edição deste ano, que por sinal até é a última que se fará deste concurso porque a disciplina de "área de projecto" vai ser, infelizmente, retirada dos programas escolares, tive a honra de fazer parte do júri que avaliou os trabalhos.
Confesso que fiquei surpreendido, pela positiva, com a qualidade, conteúdos e estruturas, dos trabalhos. Cheguei mesmo a aprender, cheguei mesmo a aprender coisas relacionadas com a minha própria formação académica - surpresa total, confesso. Foi um prazer ler os trabalhos! Mais difícil foi avalia-los e escolher um vencedor, não podiam vencer todos. Aliás, em parte todos venceram, pois terem participado foi já um prémio ganho para estes alunos. Através dos trabalhos que realizaram ganharam novas competências, novos conhecimentos e despertaram interesse por áreas que nem sempre constam dos planos curriculares formais, especialmente no que se relaciona com a solidariedade e cidadania activa. Apesar dos trabalhos estarem, regra geral muito bons, foi consensual a atribuição dos primeiros 3 lugares e restantes 3 menções honrosas.
 Tal como tive depois oportunidade de dizer durante a cerimónia, professores e alunos estavam de parabéns, pois deram verdadeiras lições de técnica, solidariedade e cidadania activa. Fiz questão de reforçar, por acredito efectivamente no que disse, que estes alunos tinham todas as condições para aceder ao ensino superior e que tinham provadas dadas de verdadeira e responsável cidadania, eram cidadãos feitos!

Parabéns a todos os envolvidos. Parabéns especialmente à Dra. Anabela Graça, presidente da ADLEI, pois sem a sua energia e dedicação isto não teria sido possível!

domingo, 19 de junho de 2011

A Internet e as Novas Tecnologias – uma oportunidade para a COES

Partilho de seguida o texto de apoio à proposta de organização para a Corrente de Opinião Esquerda Socialista, cujo primeiro proponente é André Fonseca Ferreira. Apoiei e apoio a proposta referida por propor o funcionamento da COES de um modo leve e que assenta nas novas tecnologias, nas TIC.
Segue a cor diferente o texto justificativo das oportunidades das TIC e da WEB2.0 para o futuro da COES:
 A nossa sociedade está a viver, desde há algumas décadas para cá, uma transformação imensa no modo como nela comunicamos e transmitimos informações, enquanto indivíduos ou enquanto membros de grupos. As novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), mais concretamente os sistemas computacionais, cada vez mais miniaturizados, e o acesso à Internet, cada vez mais fácil e generalizado, têm sido os motores desta “revolução”. Estes novos meios e ferramentas abrem hoje portas que no passado pereceriam pura ficção. Hoje, barreiras geográficas e físicas conseguem ser superadas por tecnologia de massas, acessíveis ao cidadão comum, permitindo a capacidade de aceder a quantidades incomensuráveis de informação e a  comunicar instantaneamente com  grupos incrivelmente vastos. Falando na Internet, hoje em dia, temos de falar também na WEB 2.0, nomeadamente nas Redes Sociais que vão ganhado cada vez mais notoriedade. O potencial de intervenção cívica e política destas novas plataformas tornou-se incontornável a partir do momento em que no Egipto, através de um grupo de facebook, se conseguiu mobilizar a população de um país e mudar o sistema político vigente - mudar para uma proto-democracia. Ou seja, as TIC têm vindo, e vão continuar, a influenciar e a permitir aos cidadãos novos modos de exercerem a sua cidadania
Tendo em conta a realidade política nacional, o Partido Socialista ( PS) e o futuro da Corrente de Opinião Esquerda Socialista (COES) como entidade que pode e pretende revitalizar, dinamizar e recentrar o foco ideológico do PS, naquilo que se considera ser o Socialismo Democrático, as novas tecnologias terão de ser aliadas de peso.  Assim, as novas tecnologias, especialmente a Internet, têm de ser consideradas numa nova reorganização da COES, devendo ser estrategicamente utilizadas com o intuito de fazer crescer e reforçar a própria corrente, dentro e fora do PS, para o benefício e melhoria  do partido e, com isso, do próprio país.
Introduzidas as vantagens e oportunidades que as redes virtuais trarão à COES, há que aprofundar um pouco mais essas razões, definindo 3 grandes razões e justificações:
•    Primeiro, há que ter em conta as dificuldades de afirmação das correntes de opinião, sempre com dificuldades na sustentabilidade financeira de toda a logística relacionada com o seu próprio funcionamento. A aposta e utilização das TIC possibilitará a redução de custos logísticos, fomentando em tempo real o debate e troca de ideias, mas, acima de tudo, permitirá divulgar, em massa, o trabalho e objectivos da COES a um público-alvo muito vasto,  militantes e simpatizantes do PS. As fronteiras e distâncias pouco importam nestes modos. Se pensarmos e olharmos para as nossas próprias algibeiras, veremos que os smartfones com acesso à Internet são cada vez mais comuns e o seu potencial cívico/político ainda está muito aquém de ser aproveitado.
•    Segundo, analisando a própria nomenclatura das COES, o facto de ser uma corrente política interna de um grande partido, mas uma corrente que se quer livre e capaz de ter uma “Opinião”, obriga a apostar fortemente numa presença activa na Internet, de aproveitar todos os seus meios, os que existem actualmente e os que virão no futuro com o desenvolvimento de novas tecnologias, pois a WEB 2.O é ambiente contemporâneo de quase todas as opiniões. É indiscutível que o desenvolvimento da blogosfera e das redes sociais – uma parte importantíssima da WEB 2.0 -, que por serem gratuitas e de fácil utilização, permitem ao comum utilizador ter verdadeiramente uma opinião. Nos dias que correm qualquer cidadão, independentemente do seu capital financeiro ou social, bem ou mal, consegue fazer passar uma opinião, algo sem precedentes na nossa história. 
•    Terceiro, há que admitir, sem receios, que a COES, mesmo ao nível interno do próprio PS sofre de uma certa falta de divulgação e notoriedade, especialmente entre os mais jovens e entre os militantes e simpatizantes socialistas mais afastados da capital. A utilização das novas tecnologias será um modo de divulgação da corrente por meios inovadores a um novo público-alvo, que pode ser imenso. Esta opção pode até responder a várias necessidades e anseios de participação política e debate que existem no seio do partido, pois o próprio PS está também ainda por se desenvolver e aproveitar todas as potencialidades das tecnologias emergentes, especialmente para possibilitar o debate e intercâmbio de ideias. No fundo, as vontades de debater existem, somente têm faltado os meios - pelo menos até agora.
Com o surgimento de grandes bases de dados de imagens, músicas e vídeos de acesso livre na Internet, o acesso à informação passou dos limites do imaginário do passado. Nem os próprios Media tradicionais ficaram indiferentes – nem podiam sequer, pois corriam o risco de ficar obsoletos – a estas transformações, sendo os próprios a disponibilizar hoje muita da sua informação na WEB e a fomentar a cooperação e a interactividade com o comum cidadão opinante, aquele que tem o seu blogue e que participa nas redes sociais e nos fóruns de discussão.
Assim, pelo que conhecemos hoje, e pelo que virá num futuro - que apesar de se poder tentar vislumbrar jamais será certo e onde é difícil conjecturar - nem a COES nem qualquer instituição democrática, que defenda valores e conteúdos, pode ficar indiferente à WEB. Mais que isso, a COES tem de se fazer representar nela [WEB] com força e dinamismo pois, se assim não for, dificilmente poderá sair de uma posição pouco conhecida e não poderá crescer, de um modo sustentável, com uma grande participação de jovens. Isto para não falar das já referidas vantagens logísticas que permitem a aposta nas plataformas virtuais, independentemente da idade dos seus utilizadores. O termo virtual não pode ser visto como algo pejorativo, mas sim como uma verdadeira oportunidade para novas realidades!
Não podemos esquecer também que a Ciberdemocracia, que tudo tem que ver com o desenvolvimento da Internet, da WEB 2.0 - ou o que lhe quisermos chamar -, será seguramente, nem que seja parcialmente, uma realidade do futuro e que poderá ser o caminho para renovar o sistema e o paradigma da representação política rumo a uma democracia mais directa. Tal possibilidade pode ser também uma realidade e oportunidade para a COES.

Texto disponível no sitio da Internet da COES em: http://www.esquerda-socialista.org/?p=1375

domingo, 12 de junho de 2011

Participaçação das Jornadas de Engenharia Civil 2011 da ESTG-IPL

No passado dia 9 de Junho tive a oportunidade de participar em algo que nunca pensei aquando dos meus anos de estudante de engenharia civil. Nunca pensei um dia ser eu um dos oradores das Jornadas de Engenharia Civil. Pois é, mas o improvável aconteceu e neste ano de 2011 coube-me a mim o papel de ser o orador com a missão de transmitir a perspectiva de um antigo aluno do curso e de alguém que, depois de concluir a licenciatura, trabalha na área e até continuou a estudar.

Entre os oradores desta edição das Jornadas Pedagógicas de Engenharia Civil  de 2011 da Escola Superior de Tecnologia de Gestão de Leiria estavam: Luís Távora, Director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, para a sessão de abertura; Paulo Fernandes, coordenador do Mestrado de Construções Civil, também para a sessão de abertura e introdução dos oradores;  Sandra Alves, dos Serviços de Apoio ao Estudante (SAPE), com o tema "Estudar com Sucesso no Ensino Superior"; eu próprio, como antigo aluno, actual engenheiro em actividade e estudante de mestrado, com o tema "De Estudante a Engenheiro, que sempre vai estudar"; Filipe Marques, administrador da MOMSTEEL, com o tema "O Ensino e as Empresas: A Experiência da MOMSTEEL com o Curso de Engenharia Civil, na Área de Estruturas Metálicas"; António Mota, Presidente do Grupo Mota - Engil, com o tema "Os Caminhos da Internacionalização"; Cristina Machado, Presidente Nacional do Colégio de Engenharia Civil, com o tema "A Ordem dos Engenheiros como entidade reguladora da actividade de Engenharia"; Luísa Gonçalves, coordenadora da Licenciatura em Engenharia Civil, para o encerramento das Jornadas com um resumo das intervenções.

Confesso que estava nervoso, mas também altamente motivado por poder transmitir alguma da minha experiência. Tal responsabilidade obrigou-me ao planear do acto. Para tal tentei centrar-me nas minhas vivências, enquanto aluno e profissional da área, de modo a ilustrar o que pretendia transmitir; tentei também que a apresentação e intervenção fosse informal e decorressem num tom de proximidade com o público - neste casos maioritariamente alunos e professores de engenharia civil.
 Deixo então aqui um breve resumo do que quis e tentei transmitir:
Sem motivação, foco e gosto não se consegue sucesso académico, é preciso querer realmente ter o curso que se estuda; o curso de engenharia civil é trabalhoso, é preciso gerir tarefas (ou o tempo se preferirem), é preciso saber optar e priorizar trabalho e estudo; todas as cadeiras são importantes, não houve uma única que não me tenha sido útil até gora; todos os apontamentos e informação que se recolhe é valiosíssima, há que guarda-la pois será de extrema importância aquando da entrada no mercado de trabalho; há que aproveitar todo o apoio que colegas e docentes podem prestar, especialmente as horários dos docentes para esclarecer dúvidas; é importante passar aprendendo porque é certo que esses saberes serão necessários depois em exercício de funções de engenharia; quem sai com um curso superior está apto a aprender; é necessário humildade, especialmente para aprender com os mais experientes, independentemente das suas formações; necessidade de trabalhar em equipa, da multicisciplinariedade; necessidade de constante formação e aprendizagem; importância de ser membro das ordens profissionais; o facto dos alunos de engenharia da ESTG estarem tão bem preparados como os restantes de outras escolas, provando-o o sucesso nos antigos exames de admissão à Ordem dos Engenheiros - quando fiz exame todas as perguntas se adequavam à matéria leccionada em Leiria nos cursos de 5 anos; importância da ética e deontologia na profissão; as oportunidade diversificadas de formação de Bolonha; o papel dos engenheiros na sociedade civil, de como os seus conhecimentos são essenciais e necessários à vida pública e cidadania activa; é missão do engenheiro ser um Cidadãos com "C" grande; etc...

Esta foi uma experiência muito gratificante e não me importava, sinceramente, de a repetir, mas importa é que os novos alunos conhecer novas experiências e as minhas agora são coisa do passado. Gostei imenso de ter podido interagir com os novos estudantes de engenharia civil - que até me colocaram questões no intervalo -, gostei de voltar a ver os rostos dos meus antigos professores. Gostei das palavras amistosas que troquei no intervalo e no final da conferência. 
Gostei de facto! Por isso só posso agradecer o convite à professora Luísa Gonçalves e ao professor Paulo Fernandes.

Espero ter estado à altura do evento, do curso e da plateia.


domingo, 5 de junho de 2011

Ao fim do dia, depois de uma dia de mesa de escrutínios

Estou cansado e exausto. Doem-me os pés e os olhos incham extravasando a sibilar sentido que se disfarça de dor de cabeça. Mas este cansaço físico, depois de ter dedicado um dos meus dias - que por sinal era domingo - a presidir a uma mesa de voto para estas legislativas, sabe bem. Trata-se de um sentir que deixa marcas no corpo e lembranças, ainda que custosas, de que a cidadania se cumpriu. Cumpriu-se tal como outros milhões de eleitores e como outros envolvido milhares que fizeram os escrutínios.  Fiquei, certamente, mais rico, mais cidadão! Fiquei também rico pela partilha e pelo comungar de um dias de cidadania entre pares, especialmente porque nem todos nos pintávamos das mesmas cores. A eles, o meu agradecimento, pois penso que se tudo correu pelo melhor, tecnicamente falando do acto em si, foi muito pela acção dos seus auxílios.
Podia perfeitamente ter escrito estas palavras amanhã, mas no dia que depois virá este cansaço já cessará e o sentimento ficará esquecido destas fraquezas do corpo. Como do corpo dependem também as emoções, é com elas vivas, pelo seu relacionamento com a carne dorida, que escrevo estas palavras sentidas.
Sentimento cumprindo e ego preenchido. Vaidades efémeras e absurdas, tendo em conta que aliviam apenas as agruras do cansaço de hoje. Mas que adornos para a mente serão precisos para ultrapassar os tempos que virão? Que utensílios e matérias serão aquelas a recorrer para fazer do dia-a-dia arte, a mais nobre das artes que é a Política? Caem os ídolos do topo dos altares, ficam as ideologias nem que seja na memória dos seus nichos primordiais.
Amanhã é mais um dia que é dado à luz pelo de hoje. Amanhã é um dia de poucas artes, é um dia de trabalho, mas se as artes se esfumam não é por isso, é apenas porque por momentos os ventos novos as tornam incertas e sem rumo. Amanhã é outro dia!
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Redundâncias da Actualidade - criado em Novembro de 2009 por Micael Sousa





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