domingo, 12 de junho de 2011

Participaçação das Jornadas de Engenharia Civil 2011 da ESTG-IPL

No passado dia 9 de Junho tive a oportunidade de participar em algo que nunca pensei aquando dos meus anos de estudante de engenharia civil. Nunca pensei um dia ser eu um dos oradores das Jornadas de Engenharia Civil. Pois é, mas o improvável aconteceu e neste ano de 2011 coube-me a mim o papel de ser o orador com a missão de transmitir a perspectiva de um antigo aluno do curso e de alguém que, depois de concluir a licenciatura, trabalha na área e até continuou a estudar.

Entre os oradores desta edição das Jornadas Pedagógicas de Engenharia Civil  de 2011 da Escola Superior de Tecnologia de Gestão de Leiria estavam: Luís Távora, Director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, para a sessão de abertura; Paulo Fernandes, coordenador do Mestrado de Construções Civil, também para a sessão de abertura e introdução dos oradores;  Sandra Alves, dos Serviços de Apoio ao Estudante (SAPE), com o tema "Estudar com Sucesso no Ensino Superior"; eu próprio, como antigo aluno, actual engenheiro em actividade e estudante de mestrado, com o tema "De Estudante a Engenheiro, que sempre vai estudar"; Filipe Marques, administrador da MOMSTEEL, com o tema "O Ensino e as Empresas: A Experiência da MOMSTEEL com o Curso de Engenharia Civil, na Área de Estruturas Metálicas"; António Mota, Presidente do Grupo Mota - Engil, com o tema "Os Caminhos da Internacionalização"; Cristina Machado, Presidente Nacional do Colégio de Engenharia Civil, com o tema "A Ordem dos Engenheiros como entidade reguladora da actividade de Engenharia"; Luísa Gonçalves, coordenadora da Licenciatura em Engenharia Civil, para o encerramento das Jornadas com um resumo das intervenções.

Confesso que estava nervoso, mas também altamente motivado por poder transmitir alguma da minha experiência. Tal responsabilidade obrigou-me ao planear do acto. Para tal tentei centrar-me nas minhas vivências, enquanto aluno e profissional da área, de modo a ilustrar o que pretendia transmitir; tentei também que a apresentação e intervenção fosse informal e decorressem num tom de proximidade com o público - neste casos maioritariamente alunos e professores de engenharia civil.
 Deixo então aqui um breve resumo do que quis e tentei transmitir:
Sem motivação, foco e gosto não se consegue sucesso académico, é preciso querer realmente ter o curso que se estuda; o curso de engenharia civil é trabalhoso, é preciso gerir tarefas (ou o tempo se preferirem), é preciso saber optar e priorizar trabalho e estudo; todas as cadeiras são importantes, não houve uma única que não me tenha sido útil até gora; todos os apontamentos e informação que se recolhe é valiosíssima, há que guarda-la pois será de extrema importância aquando da entrada no mercado de trabalho; há que aproveitar todo o apoio que colegas e docentes podem prestar, especialmente as horários dos docentes para esclarecer dúvidas; é importante passar aprendendo porque é certo que esses saberes serão necessários depois em exercício de funções de engenharia; quem sai com um curso superior está apto a aprender; é necessário humildade, especialmente para aprender com os mais experientes, independentemente das suas formações; necessidade de trabalhar em equipa, da multicisciplinariedade; necessidade de constante formação e aprendizagem; importância de ser membro das ordens profissionais; o facto dos alunos de engenharia da ESTG estarem tão bem preparados como os restantes de outras escolas, provando-o o sucesso nos antigos exames de admissão à Ordem dos Engenheiros - quando fiz exame todas as perguntas se adequavam à matéria leccionada em Leiria nos cursos de 5 anos; importância da ética e deontologia na profissão; as oportunidade diversificadas de formação de Bolonha; o papel dos engenheiros na sociedade civil, de como os seus conhecimentos são essenciais e necessários à vida pública e cidadania activa; é missão do engenheiro ser um Cidadãos com "C" grande; etc...

Esta foi uma experiência muito gratificante e não me importava, sinceramente, de a repetir, mas importa é que os novos alunos conhecer novas experiências e as minhas agora são coisa do passado. Gostei imenso de ter podido interagir com os novos estudantes de engenharia civil - que até me colocaram questões no intervalo -, gostei de voltar a ver os rostos dos meus antigos professores. Gostei das palavras amistosas que troquei no intervalo e no final da conferência. 
Gostei de facto! Por isso só posso agradecer o convite à professora Luísa Gonçalves e ao professor Paulo Fernandes.

Espero ter estado à altura do evento, do curso e da plateia.


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