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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Intervenção na Assembleia Municipal de Leiria sobre conflitos de tráfego rodoviário

Para a cidade de Leiria já muitos foram os estudos viários, de tráfego e transportes elaborados. Muitos deles – se não mesmo todos – referem casos preocupantes ao nível da mobilidade, défices e incapacidade para escoar tráfego, pelos vários modos de transporte, em várias zonas da cidade. Para além de barreiras à mobilidade, é a própria segurança de peões e veículos que está em causa. As razões para isso são várias e a origem é tanto de hoje como do passado.
A malha viária urbana da cidade sofre, ainda, de algumas incoerências, ao nível: da hierarquia viária, das ligações, das políticas de estacionamento e até do controlo policial. Por outras palavras: as principais vias arteriais – aquelas que têm como função, acima de tudo, escoar tráfego de passagem - nem sempre formam uma rede conexa, o que diminui a capacidade de escoamento de tráfego; nem sempre as vias de acesso local – aquelas que têm como principal função a acessibilidade e não a velocidade e quantidade de tráfego que canalizam – nem sempre têm as infraestruturas adequadas construídas, e nem sempre estão organizadas e sinalizadas para o efeito, criando barreiras que geram congestionamentos, estacionamento intrusivo que leva à invasão de passeios, e outras zonas pedonais, que colocam a segurança de peões em risco; ainda de salientar também a existência de zonas heterogéneas sem política coerente de estacionamento, que criam bolsas de estacionamento gratuito rodeadas de outras pagas, formando-se assim acréscimos de tráfego e congestionamentos em busca de estacionamento gratuito. 
De notar os veículos estacionados em 2ª fila na Rua da Restauração
Um exemplo de tudo isso, um entre tantos outros, é o da Rua da restauração – uma das vias transversais à Avenida Marquês de Pombal – onde o estacionamento é gratuito, e que serve de escape aos veículos que evitam o parqueamento pago da avenida adjacente. Com essa pressão de procura, e porque falta ainda a reabilitação de muitas ruas semelhante a essa, é corrente existirem veículos estacionados em 2ª e 3ª fila, entupindo o escoamento da grande quantidade de tráfego que flui pela zona, aprisionando os veículos devidamente estacionados e colocando em risco a segurança de peões; de salientar que nessa zona, por haver várias escolas nas proximidades, há todos os dias crianças em risco. Assim, sugiro que, este e todos os casos semelhantes, possam ser intervencionados o mais rapidamente possível, sendo que muitas vezes, à falta de civismo ao volante, falta também controlo policial preventivo. Provavelmente, se nessas zonas o estacionamento fosse pago, a presença da polícia e da multa seria mais notória. A opção de cobrar estacionamento em ruas deste tipo, onde importa assegurar elevados níveis de serviço de tráfego e acessibilidade, seria uma opção defensável e apropriada, podendo ser disponibilizado sempre o devido estacionamento gratuito para moradores, mediante comprovativo.
Estes problemas de tráfego, e muitos outros, como temos constatado têm estado na mira do Município, pois, pela concretização de várias obras recentes, já muitas ruas foram intervencionadas, garantindo o ordenamento do tráfego e do estacionamento, evitando os conflitos modais – conflito entre automóveis e peões. Casos disso são, a título de exemplo, entre muitas outras, a Rua Tenente Valadim e a Avenida Ernesto Korrodi. Esperamos que de futuro mais ruas e avenidas possam ser intervencionadas, tentando diminuir também os efeitos das próprias obras. Esperamos que se possam promover mais os modos suaves – o andar a pé, de bicicleta e outros -, reduzir os efeitos nefastos do excesso de veículos nos centros urbanos e, sendo ainda mais esperançosos, almejar o reforço do transporte público, cómodo e de reduzidos impactes ambientais.
Aproveito para questionar a Câmara Municipal sobre o decorrer dos trabalhos de reabilitação viária da Avenida Marquês de Pombal
Uma vez que faço uma intervenção sobre transportes e rodovias, não posso ignorar as recentes obras e intervenções que tem sofrido o IC2 e respetivas ligações. Mesmo sabendo da complexidade dos trabalhos em causa – especialmente difíceis pois a via em causa continuou sempre em funcionamento, à exceção de pequenos períodos de tempo – há que exigir mais e melhor sinalização e preocupação para com os utentes do IC2. São vários os casos de automobilistas que se têm enganado nos nós rodoviários improvisados e novas ligações definitivas. Por isso, fica também o meu apelo a que as Estradas de Portugal, enquanto Dono de Obra, exija e garanta mais e melhor sinalização nos nós rodoviários associados ao alargamento e ligações do IC2.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Semana Académica de Leiria: Leirienses vs. Estudantes

As novas regras para a Semana Académica de Leiria vêm mais uma vez evidenciar o conflito, e a incompreensão mútua, entre estudantes do Ensino Superior e Habitantes da Cidade de Leiria – representados pela CML. A única forma de resolver as divergências, que se vão agudizando, passa pelo diálogo, pela abertura de espírito e pela capacidade de cada “um” se colocar no lugar do “outro”. Havendo essa capacidade será mais de meio caminho andado para uma solução que respeite e sirva os Leirienses, onde se incluem os Estudantes. Aqui não se trata de ver quem é o dono da razão, pois todos têm o seu quinhão: os Leirienses por serem incomodados até horas impróprias e assistirem a comportamentos pouco dignos e distúrbios causados por alguns estudantes; os Estudantes por fazerem parte da sociedade leiriense e com isso terem direito às suas festividades e comemorações – nem que seja pelo contributo cultural e económico que dão à cidade.
A proposta que faz a C. M. de Leiria parece-me ser um bom princípio para se chegar a uma solução pragmática para o problema. No entanto, o horário de encerramento poderia ser um pouco mais alargado, mas somente se isso se conseguisse cumprir à risca. Todos sabemos como é difícil respeitar horários em Portugal – algo bem mais complicado que chegar a um consenso.
Assim, antes de recorrer a críticas com base em generalizações e preconceitos, há que reflectir sobre os efeitos que cada posição tem no agudizar deste dispensável confronto. Aqui penso que os estudantes podem dar o exemplo e demonstrar na prática o que significa ser detentor de uma educação superior.

(Texto publicado no Região de Leiria em 3 de Dezembro de 2010)

domingo, 13 de junho de 2010

Como estragar um jogo de futebol: juntar milhares de vuvuzelas

Hoje consegui ver uns minutos de um dos jogos do Mundial de Futebol 2010 que está a decorrer na África do Sul. Assim que comecei a ver o jogo logo me apercebi de um som estranho de fundo, uma espécie de zumbido que abafava quaisquer outros sons provenientes do estádio. Somente depois de reflectir uns segundo associei esse incomodo som à moda das vuvuzelas. Pensava eu que esse instrumento sonoro servia somente para nos incomodar quando alguém o decide soprar aleatoriamente por esse Portugal fora. Mas afinal, esse dito instrumento insuportável consegue também estragar um espectáculo de futebol. Durante os minutos que assisti pela televisão ao encontro entre a Alemanha e a Austrália o zumbido era impressionante, mesmo quando a Alemanha marcava golo não se notava qualquer diferença nem reacção no público, sempre o mesmo zumbido…  É nos assim retirado um dos elementos que mais contribui para um bom espectáculo: a emoção e reacção de milhares de adeptos que extravasam as suas emoções junto ao relvado, vibrando, apoiando e, por vezes, desesperando com as equipas pelas quais são aficionados.
Lamentavelmente a FIFA não proibiu a utilização das vuvuzelas. Eu questiono se os limites de emissões sonoras capazes de causar danos no ouvido humano não estão a ser ultrapassados? Apesar de ser um adereço muito popular na África do Sul e por isso ter sido permitido para este Mundial, na minha opinião estão a estragar o espectáculo

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O amianto e as condutas de abastecimento público de água

Mesmo para quem esteja menos atento aos resíduos produzidos pela construção civil e obras públicas, já ouviu, com certeza, falar dos perigos do fibrocimento, mesmo que desconheça na prática do que se trata. O fibrocimento é um produto à base de cimento (90%) e fibras de amianto (10%), utilizado nas últimas décadas para produzir telhas, depósitos e tubagens. Este é um material perigoso devido à presença de amianto na sua constituição, sabendo-se hoje do potencial cancerígeno desta substância, caso estejamos em contacto com ela (especialmente pela inalação).


Actualmente já quase não se utiliza fibrocimento contendo amianto na construção. Mas surgiu a necessidade de lidar com as grandes quantidades desse material, ainda com amianto na sua composição, que se encontrava, e encontra ainda, aplicado nas mais diversas construções e infra-estruturas. Daí ter surgido legislação específica de segurança e higiene para os procedimentos de remoção, manuseamento e posterior armazenamento e tratamento desses materiais, especialmente quando removidos de edifícios ou outras infra-estruturas. De notar que essas regras são bastante apertadas e rigorosas, somente sendo possível a empresas e técnicos certificados proceder a essas operações, isto através do recurso a equipamentos específicos de protecção individual e colectiva. No entanto, os cuidados tidos, por exemplo, para telhas nem sempre são transpostos para o manuseamento de outros elementos de construção em fibrocimento.

Nos dias que correm, são ainda muitas as condutas de abastecimento de água em funcionamento de fibrocimento, que só por si já é preocupante, mas mais será ainda se se pensar também no tratamento que se vai dando aos resíduos proveniente da sua substituição. Muitas dessas condutas, um pouco por todo o país, têm vindo a ser substituídas sem o mínimo de cuidado com os resíduos daí provenientes.


A dualidade de critérios no que toca ao tratamento dos resíduos semelhantes deveria ser melhor analisada. Porque são tratadas as telhas com tão zelosos cuidados quando o mesmo não se verifica nas condutas

É urgente substituir as condutas em fibrocimento, quer pela sua antiguidade, quer por abastecem partes significativas das nossas cidades e suas populações, especialmente as zonas mais antigas. Mas há que ter em conta os impactos dessas operações sobre o ambiente e, acima de tudo, com a Saúde Humana. No entanto manter estas redes, com condutas em fibrocimento em funcionamento, não é seguramente uma opção a médio e longo prazo.

(Texto publicado no Diário de Leiria em 11 de Janeiro de 2010 e no Jornal de Leiria em 21 de Janeiro de 2010)
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