domingo, 25 de abril de 2010

Celebrar o "imediatamente pós 25 de Abril"

Hoje festeja-se o 25 de Abril, embora fique lá longe esse acontecimento, e muitos digam que precisamos de um novo, o certo é que hoje vivemos em democracia e dela podemos colher os frutos da liberdade. Há que lembrar que o 25 de Abril foi, acima de tudo, uma revolução militar e não política. Que foi encetada por militares descontentes com a orientação militar que o país tomava. Só depois surgiram verdadeiramente as preocupações políticas, ou seja, a ideia de implementar a democracia em Portugal. Há que recordar que se viveram tempos tumultuosos a seguir à revolução dos cravos e que por pouco o Pais não mergulhou numa ditadura ao jeito comunista.

A meu ver, devemos festejar o 25 de Abril, não pela revolução em si, mas pela possibilidade de liberdade que permitiu. Devemos agradecer aos militares que o tornaram possível, mesmo que o seu principal objectivo não fosse mudar o regime político. Acima de tudo penso que devemos festejar o “imediatamente pós 25 e Abril”, os acontecimento posteriores que tornaram a democracia e a liberdade uma realidade.

Não precisamos de outra revolução. Precisamos sim de mobilização para cuidar e melhorar o sistema que existe, pois essa outra revolução poder-nos-ia levar a algo pior e até de novo a tempos de anarquia e, quem sabe, até de nova ditadura.
Viva o 25 de Abril e tudo aquilo que possibilitou. Agora o resto é connosco.

2 comentários:

  1. Para quem tinha 18 anos como eu em 1974, o golpe do 25 de Abril, teve a imensa importãncia de anunciar o fim da Guerra Colonial, que nos atingia a todos, mais cedo ou mais tarde. É difícil explicar o quanto isso significou para as nossa vidas jovens, enfim libertadas do estigma da guerra em África!

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  2. Muito obrigado pelo contributo caro camarada.

    Testemunhos vivos de quem viveu o antes e o pós 25 de Abril são essenciais para que nós, os que não vivemos nem conhecemos na primeira pessoa esses tempos, possamos efectivamente compreender o que aconteceu e o porquê do que somos hoje. Como também lutar para que algo semelhante não torne a acontecer na nossa sociedade.

    Muito obrigado pelo comentário e por ler estas minhas palavras redundantes.

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Redundâncias da Actualidade - criado em Novembro de 2009 por Micael Sousa





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