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domingo, 12 de agosto de 2012

Leirisport – Um problema para Resolver


O processo de dissolução da Leirisport tem feito correr muita tinta. Foi inclusivamente notícia a alegada tensão que provocou no seio do executivo camarário, algo que deve ser considerado normal, tendo em conta a complexidade e gravidade da questão. Efetivamente não é um tema fácil.
Fotografia do blogue http://desartistico.blogspot.pt/
Qualquer dissolução, e subsequente liquidação, de uma empresa obriga sempre a uma profunda análise, desencadeando um processo que tem de primar pela seriedade, ética, rigor e responsabilidade. No caso da Leirisport surgem dois prismas que devem ser salvaguardados pelo Município: o interesse dos leirienses que não quererão continuar a suportar o peso insustentável dessa empresa municipal; e a salvaguarda dos interesses e direitos dos trabalhadores e colaboradores da referida empresa. Daí a importância e complexidade de todo o processo. Embora resolver definitivamente o futuro da Leirisport seja uma medida prometida há muito (constando até do programa eleitoral em que a maioria dos leirienses votou), as opiniões divergentes devem ser consideradas. Quando se governa em democracia é preciso abertura de espírito e bom senso, de parte a parte. O facto de haver vontade política do presidente da autarquia em colocar este processo em fase de discussão e decisão, tendo sido sempre um defensor da urgência que representa para Leiria uma decisão concertada relativamente a este tema, é garante de significativa esperança. No entanto nem todos parecem ter o desejo de resolver o caso. O processo não pode continuar na gaveta ou persistir numa nuvem de indefinição. Urge uma decisão, uma ação responsável e consensual. Todos nós, leirienses, precisamos desse compromisso! Continuar a adiar resoluções e projetos, especialmente neste momento difícil para todos – onde se incluem as frágeis condições financeiras da autarquia - é deixar o problema apodrecer em público e contaminar partes ainda sãs. 
A Comissão Política do Partido Socialista de Leiria seguiu o caminho responsável de contribuir para colocar em marcha uma reforma que tarda, tendo declarado o seu apoio público ao Presidente Raul Castro. A maioria dos presidentes de junta seguiu pelo mesmo caminho. Obviamente que no seio do PS houve discussão, debate construtivo, mas conseguiu-se chegar a uma posição consensual. Apesar das normais divergências seria bom, seria do interesse coletivo e dos Leirienses, que noutros espaços outras discussões pudessem contribuir para criar as soluções de consenso que todos precisamos. Afinal todos querem resolver o problema, pensar e atuar de forma diferente simplesmente não faria sentido.


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Política da terra queimada – o caso da venda do Estádio Municipal de Leiria

Enquanto jovem que ainda sou, e Leiriense que sempre serei, sinto-me lesado. As recentes notícias da impossibilidade da venda do Estádio Municipal, que permitiria aliviar a asfixia a que está sujeito o nosso município, devem, no mínimo, preocupar os Leirienses. Enquanto jovem, eu e os/as da minha geração, vemos cada vez mais o nosso futuro hipotecado. Os custos diários de manutenção, da infraestrutura e principalmente da própria dívida, roubam-nos os fundos que deveriam ser utilizados para outros fins – consta que o custo diário é de mais de 8000€ ao dia (que afinal até são mais). Não seria preferível usar desse dinheiro para investimento e prestação de serviços reais aos munícipes, pois, afinal, quem utiliza o Estádio? Mesmo sendo utilizado e servindo alguns Leirienses, será que esse serviço justifica os custos? Na minha opinião não! Ou a realidade dos usos e atividades no Estádio Municipal mudam - implicando isso ainda mais investimento e gastos (com dinheiros que não existem) - ou este será mais um elefante branco, mais um presente inútil e insustentável a legar às gerações vindouras.

Fonte: Blogue http://desartistico.blogspot.com/, da autoria de Micael Sousa

Os jovens de Leiria pagam hoje, em parte, mas pagarão muito mais no futuro as várias faturas deste nosso Estádio - um dos reflexos de erros de anteriores gestões públicas. Recentemente a oportunidade de vender o Estádio poderia ter resolvido isso, poder-se-ia ter saldado uma pesada herança. Mas os entraves, especialmente por quem deveria contribuir também para a resolução do problema, logo surgiram. Faltou capacidade democrática de deixar quezílias partidárias e pessoais de lado para remediar erros do passado. É de lamentar que isso não se tenha conseguido, nós leirienses merecíamos outras resoluções! São estes e outros casos que contribuem para afastar os cidadãos da política e dos partidos, pois vêm que o bem-comum - o principal objectivo que deveria nortear as lides políticas - tende a ser remetido para segundo plano. Alguém disse - e com razão - “é a política da terra queimada”: tudo se faz para ter vantagem na guerra da política, independentemente do que se queime ou de quem saia queimado destas lutas inúteis, e por vezes fratricidas. Ainda mais grave são os efeitos que este tipo de atitudes tem nos mais jovens, que vêm estes maus exemplos como o “modo normal de fazer política”. Sem dúvida que isso condiciona, negativamente, a formação que se dá aos mais jovens do ponto de vista cívico e político.
Para além de nos hipotecarem pela via económica, hipotecam a capacidade de acreditarmos nos políticos e suas políticas, levando a que muitos jovens – muitos deles íntegros e competentes - se queiram afastar o máximo da nobre arte de governar as sociedades! Assim como nos governaremos, democraticamente por cidadãos e cidadãs conscientes dos seus deveres cívicos e políticos, no futuro?

(Texto publicado no Tinta fresca em 30 de Outubro de 2011, no Diário de Leiria em 2 de Novembro de 2011 e no Jornal de Leiria em 3 de Novembro de 2011)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O basquetebol de rua – desporto e inclusão social

Hoje trago aqui um caso que já tive também oportunidade de referir, enquanto substituto de um colega de bancada, na Assembleia Municipal de Leiria, mais concretamente na sessão extraordinária desse órgão dedicada ao debate sobre as políticas desportivas do concelho.
O caso é bem simples, mas penso que merece a nossa atenção pela importância social e desportiva que tem - desproporcional com o valor patrimonial associado -, e por ter sido, aparentemente, esquecido.

Antigamente, há não muitos anos, antes das intervenções, ao abrigo do Programa Polis, na zona pública de lazer ribeirinha conhecida como o Parque do Avião, existiam vários campos para a prática desportiva de rua. Um deles estava vocacionado, e tinha excelentes condições, para a prática do basquetebol. Nesse espaço, onde muitos jovens e apaixonados pela modalidade praticavam o desporto da sua predilecção, dava-se um importantíssimo, mas nem sempre evidente, fenómeno de inclusão social. Através da prática do basquetebol, os membros mais jovens de muitas famílias recém-chegadas a Leiria, especialmente da comunidade dos PALOPs, interagiam positivamente com os jovens de Leiria e integravam-se harmoniosamente na sociedade leiriense. Aquele simples equipamento desportivo público tinha um importante papel social e de sociabilização até para os próprios naturais de Leiria - muitas amizades se formaram naquele campo. Para além de muitos jovens terem aprendido, através da prática do basquetebol de rua, como é viver numa sociedade que compete partilhando recursos – pois tratava-se de um equipamento de uso público -, foi também a própria modalidade que cresceu e se desenvolveu na cidade, em parte, devido ao campo em causa. Por vezes as coisas mais simples podem ter tremendos impactos sociais, sendo este exemplo apenas mais um entre tantos.

Com a reabilitação e obras que o Parque do Avião sofreu durante a execução do Programa Polis, gerido pelo anterior executivo camarário, o dito campo deixou de existir, e colocou-se apenas uma tabela de basquetebol que, de tão inadequada para o efeito, perdeu o aro pouco depois. Assim, desapareceu o basquetebol de rua em Leiria e perdeu-se um importante e saudável modo de inclusão social. Com a morte do basquetebol rua tem-se vindo a perder também o basquetebol de formação e competição na cidade. Embora um evento não seja a causa directa do outro, a influência é inegável. Hoje o basquetebol de Leiria, considerando todas as suas manifestações, está moribundo e suspira por ser reavivado.

Espera-se que no futuro estas lacunas possam ser colmatadas. Espera-se que Leiria volte a ter basquetebol de rua e tudo o que de bom daí advêm.

(texto publicado em 1 de Fevereiro de 2011 no Diário de Leiria e 10 de Fevereiro de 2011 no Jornal de Leiria)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Intervenção na Assembleia Municipal de Leiria sobre o desaparecimento do basquetebol de rua na cidade de Leiria

Já que falamos de políticas desportivas, não podemos esquecer o papel do desporto de rua enquanto lazer e modo de integração social. Para um enquadramento deste relacionamento começo por citar umas palavras de um amigo antropólogo e praticante de basquetebol, de seu nome Edgar Bernardo. Passo a citar:
As sociedades contemporâneas vêm no lazer, nomeadamente no desporto, uma forma de equilibrar os indivíduos, uma oportunidade de relaxar, melhorar a forma física, e reforçar a interacção e a estabilidade familiar e cultural. O desporto é uma actividade que provoca reacção e consequências no tecido social, não devendo ser subvalorizada a importância para o combate à exclusão e à segregação social.” Fim de citação.
Esta anterior citação relaciona-se com um caso bem concreto, e que provavelmente passou despercebido a muitos leirienses. Antigamente, antes das intervenções, ao abrigo do Programa Polis, na zona pública de lazer ribeirinha conhecida como o Parque do Avião, existiam vários campos para a prática desportiva de rua – espaços de verdadeira sociabilização e prática desportiva aberta a todos, a todos, reforço! Um deles estava vocacionado, e tinha excelentes condições, para a prática do basquetebol. Nesse espaço, onde muitos jovens e apaixonados pela modalidade praticavam o desporto da sua predilecção, dava-se um importantíssimo, mas pouco evidente, fenómeno de inclusão social. Através da prática do basquetebol, os membros mais jovens de muitas famílias recém-chegadas a Leiria, especialmente da comunidade dos PALOPs, interagiam positivamente com os jovens de Leiria e integravam-se harmoniosamente na sociedade leiriense. Aquele simples equipamento desportivo público tinha um importante papel social, mesmo se pensarmos apenas do ponto de vista dos naturais de Leiria, já para não falar da promoção do desporto em causa. Com a reabilitação e obras que o Parque do Avião sofreu durante a execução do Programa Polis, gerido pelo anterior executivo, o dito campo deixou de existir, e colocou-se apenas uma tabela de basquetebol que, de tão inadequada para o efeito, perdeu o aro pouco depois. Assim, desapareceu o basquetebol de rua em Leiria e perdeu-se um importante e saudável modo de inclusão social.

Apesar de consciente das dificuldades financeiras que herdou do anterior executivo, e já que falamos de desporto - dificuldades que nem com grande ginástica se resolvem facilmente, -, peço ao Senhor Presidente para que considere, assim que possível, a reabilitação de um dos campos existentes, ou a construção de um novo, para a prática do basquetebol de rua em Leiria - tendo em conta todos os aspectos positivos que daí advêm

(Esta intervenção enquadrou-se numa sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Leiria dedicada às políticas desportivas)

domingo, 13 de junho de 2010

Como estragar um jogo de futebol: juntar milhares de vuvuzelas

Hoje consegui ver uns minutos de um dos jogos do Mundial de Futebol 2010 que está a decorrer na África do Sul. Assim que comecei a ver o jogo logo me apercebi de um som estranho de fundo, uma espécie de zumbido que abafava quaisquer outros sons provenientes do estádio. Somente depois de reflectir uns segundo associei esse incomodo som à moda das vuvuzelas. Pensava eu que esse instrumento sonoro servia somente para nos incomodar quando alguém o decide soprar aleatoriamente por esse Portugal fora. Mas afinal, esse dito instrumento insuportável consegue também estragar um espectáculo de futebol. Durante os minutos que assisti pela televisão ao encontro entre a Alemanha e a Austrália o zumbido era impressionante, mesmo quando a Alemanha marcava golo não se notava qualquer diferença nem reacção no público, sempre o mesmo zumbido…  É nos assim retirado um dos elementos que mais contribui para um bom espectáculo: a emoção e reacção de milhares de adeptos que extravasam as suas emoções junto ao relvado, vibrando, apoiando e, por vezes, desesperando com as equipas pelas quais são aficionados.
Lamentavelmente a FIFA não proibiu a utilização das vuvuzelas. Eu questiono se os limites de emissões sonoras capazes de causar danos no ouvido humano não estão a ser ultrapassados? Apesar de ser um adereço muito popular na África do Sul e por isso ter sido permitido para este Mundial, na minha opinião estão a estragar o espectáculo
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Redundâncias da Actualidade - criado em Novembro de 2009 por Micael Sousa





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