Mostrar mensagens com a etiqueta A Busca Pela Sabedoria. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta A Busca Pela Sabedoria. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

10 anos do blogue “A Busca pela Sabedoria”

Há 10 anos trabalhava em engenharia, mais concretamente em gestão e planeamento de obras públicas. Uns anos antes tinha concluído o bacharelato, algo que na altura correspondia às atuais licenciaturas de Bolonha, e comecei então a trabalhar na minha área de formação, tendo naturalmente prosseguido estudos. Nessa altura havia essa possibilidade, tanto pelo tecido empresarial da região, tal como pela oferta formativa do Instituto Politécnico de Leiria onde era possível fazer os restantes dois anos da licenciatura, agora equivalente a mestrado, em regime noturno. Era cansativo, mas algo que não se podia desperdiçar, pois era a fusão da teoria com a prática. Assim pensava eu.

Por essa altura, há 10 anos, já tinha concluído a antiga licenciatura, uma formação avançada em higiene e segurança no trabalho e estava prestes a entrar no mestrado em energia e ambiente. Mas nada disso parecia suficiente para me apaziguar o intelecto. Apesar de todo este trabalho e estudo faltava-me algo. Foi então que comecei a escrever sobre outros assuntos. Criei um blogue, aquele com que assino cada um dos textos aqui nesta coluna quinzenal do Diário de Leiria. Nascia então “A Busca pela Sabedoria”. Nesse espaço pude escapar para outros assuntos fora da minha vida profissional, ajudando-me a respirar entre o pó das obras e a não me afundar na lama dos estaleiros.

Ao longo destes 10 anos fui escrevendo muitos textos, mais de 400 constam nesse blogue, que recebeu mais de 650.000 visitas, pelo menos da última vez que vi. Não é nada de excecional comparado com outros blogues. Mas essa não é a razão que me faz escrever isto. O que quero partilhar é o exemplo e de como me foi útil esta aventura. Ao escrever sobre outros assuntos que me despertavam interesse criei nesse blogue um espaço que me libertou. Havia então um motivo para escrever e uma razão para ordenar aquilo que lia e aprendia das áreas que me fascinavam, tal como a história, filosofia, sociologia, política e muitas outras, até cinema e artes plásticas. Foi uma forma de sistematizar informação e descobrir que gosto de aprender e conhecer coisas novas. É que nem sempre sabemos do que realmente gostamos.

Se acham que as vossas atividades profissionais são limitativas existem este tipo de espaços onde podem tocar noutros mundos. Hoje temos liberdade e imensas ferramentas ao nosso dispor. A Internet trouxe a possibilidade de qualquer um ter meios de partilha de informação, e de apreender enquanto os utilizada. No meu blogue cometi imensos erros. Fui sendo corrigido, fui aprendendo e evoluindo. Ao fazer aprendi e descobri que o medo de errar é uma das maiores restrições a que nos sujeitamos, que nos condiciona realmente e impede de viver mais experiências.

O blogue “A Busca pela Sabedoria” fez no passado dia 31 de agosto 10 anos. Anda mais calmo e ponderado, mas continua vivo, tal como a vontade de continuar a aprender. E vocês, já pensaram em fazer algo deste género? Façam, depois analisem. O pior que vos pode acontecer é errar e fazer com que façam ainda melhor das próximas vezes.
Texto publicado no Diário de Leiria.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

UrbanWins: um passo para novas formas de participação cívica

As democracias são construções sociais politicamente utilitaristas que mudam com o tempo. A necessidade de constante reinvenção é imperativa para que não definhem. Neste momento sente-se um clima de incerteza nas democracias maduras dos países mais desenvolvidos. Há uma clara sensação de que os sistemas políticos necessitam de reformas para se adaptarem às exigências contemporâneas e futuras.

Quando se fala em democracia existe uma natural tendência para pensar de imediato no sistema político, em partidos, em câmaras municipais e assembleias. Mas a democracia é muito mais do que o sistema político representativo. Aliás, essa é apenas uma forma de democracia. Existem outras, a serem testadas em múltiplos contextos, com metodologias alternativas e direcionadas para objetivos muito específicos, que testam os limites da participação ativa dos intervenientes. A democracia e os seus princípios organizativos extravasam em muito a esfera política.

As ditas novas formas de democracia tentam colmatar os défices de formação política e participativa dos cidadãos na vida da comunidade em que vivem. A própria União Europeia tem formatado os projetos que financia para que neles se incorporem cada vez mais metodologias participativas e colaborativas. Por princípio, os planos de desenvolvimento sustentável deveriam contribuir também para melhorar o sistema de governança, que é como quem diz: os processos de decisão locais com o envolvimento dos vários stakeholders e cidadãos. Apesar do nome estranho, os stakeholders não são mais nem menos do que pessoas, instituições e organizações que defendem determinadas causas, têm conhecimento especifico numa determinada área ou representam grupos de pessoas e interesses. Exemplos são as associações de moradores, de defesa e proteção ambiental, etc.

Na prática estes processos de participação e colaboração para definição de planos e projetos de intervenção são uma raridade. Em Leiria nem a Agenda XXI local não teve continuidade, apesar do potencial cívico que tinha, partindo de uma metodologia colaborativa orientada para a melhoria do desenvolvimento sustentável. Nos raros processos em que os cidadãos são chamados a participar a tendência remete para o reforço do elitismo, por vezes pouco democrático, favorecendo quem tem mais espaço de comunicação pública, melhor oratória ou a arte de trabalhar as palavras. Também é recorrente nos processos de consulta pública, muito comuns nos instrumentos de gestão do território, tais como os Planos Diretores Municipais, Planos de Pormenor e afins, a participação resumir-se a um somatório de reclamações com base no interesse privado e particular de cada interveniente.

Felizmente há uma novidade em Leiria. Está a decorrer um novo projeto que promete ensaiar novas metodologias de participação cívica. Nos próximos textos irei falar desse projeto que tem o nome de UrbanWINS, de assuntos de índole ambiental e cultural, inspirados também nos textos do blogue “A Busca pela Sabedoria”.

Texto publicado no Diário de Leiria em 6 de dezembro de 2017.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Hoje até os Mortos foram Roubados

Dia 1 de Novembro de 2013 foi um dia de assalto sem precedentes. Assaltaram-se vivos e mortos, em todas as gerações – dos vivos é claro.


Hoje, por decisão do Governo, deixou de haver feriado, morrendo com isso uma longa tradição de origens ainda mais antigas que o cristianismo, ou seja, mais de 2000 anos. Impediu-se o continuar de uma tradição que vinha já de tempos celtas e sobreviveu adaptada durante toda a era cristã até aos dias. Impediu-se que as crianças por Portugal continuassem a tradição de irem, de porta em porta, “pedir bolinho”. E, talvez mais grave que tudo o resto, impediu-se que os vivos visitassem, por todo o país, neste dia dedicado aos mortos, os familiares e amigos desaparecidos.

Não é fácil conseguir um roubo de tão grande impacto, especialmente quando até os mortos são roubados.

Algumas curiosidades sobre este feriado no blogue A Busca pela Sabedoria:

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Uma Reportagem e uma Crónica no P3 do Público

Num determinado dia fui contactado para fazerem uma reportagem sobre o "Movimento ANTI-Corrupção" para o P3 - um projeto online associado ao jornal Público, criado e pensado por jovens jornalistas.
Penso que a reportagem ficou interessante, ainda que o título exagere um pouco o meu envolvimento nesta causa. Dedico especial atenção ao tema, mas, obviamente, não se vive e sobrevive só da cidadania - pelo menos eu não! Aqui fica o registo dessa reportagem, muito bem executada pela Mariana Correia Pinto: Micael Sousa faz do combate à corrupção um modo de vida
 A partir dessa reportagem, surgiu a oportunidade de ter no P3 uma crónica da minha autoria. Não  desperdicei a oportunidade - ainda que possa ter sido mal conseguida -, e lá escrevi algo inspirado pelos princípio que me levaram a cria o blogue A Busca pela Sabedoria - o meu primeiro blogue, dedicado á cultura geral. O texto em causa, com o título a dizer já muito, ficou assim arranjado: A Especialidade que leva à Ignorância Geral
Tudo isto pode ter sido, apenas e tão somente, mais uma redundância, ente tanas que vou (mal) escrevendo, mas não podia deixar de a registar aqui.
Related Posts with Thumbnails

Redundâncias da Actualidade - criado em Novembro de 2009 por Micael Sousa





TOP WOOK - EBOOKS

Novidades WOOK - Ciências

TOP WOOK - Economia, Contabilidade e Gestão

Novidades WOOK - Engenharia

Novidades WOOK - Guias e Roteiros