sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Um vislumbre da sapiência de Mário Soares pelo IPL

Dia 17 de Novembro de 2012, em mais uma Sessão Solene de Início de Ano lectivo no Instituto Politécnico de Leiria, houve tudo aquilo que esperávamos: discursos, entrega de diplomas, homenagens e música. Mas a edição deste ano contou também com uma lição especial, algo a que os organizadores chamaram de: "lição de sapiência". Tendo em conta o professor desta aula, muitos serão os que concordarão mas haverá sempre quem discorde de como foi apelidada o espaço destinado à intervenção do ilustre convidado, ou não fosse o orador sapiente o Dr. Mário Soares.
Mário Soares abordou a temática Europeia, tratou temas relacionados com a União Europeia, a Política Europeia e o Euro. Não se esperava outra coisa quando o pilar de orgulho da UE que é o Euro está actualmente sob ameaça, em risco de tombar, e com ele os próprios alicerces da própria União dos 27.
As palavras de Soares foram de crítica ao modo como tem sido conduzida recentemente a UE. Apesar disso tentou passar uma mensagem mais positiva: de que com outro tipo de liderança e reunir de esforços comuns esta actual crise facilmente seria facilmente ultrapassada. O nosso antigo Presidente reforçou e relembrou ao público aquilo que de bom distingue a Europa dos demais continentes: as suas conquistas culturais, humanistas, cientificas e a qualidade de vida generalizada que têm os europeus.

Houve tempo para responder a algumas perguntas do público. Não pude deixar de tentar obter mais saber do principal orador da tarde. Perguntei qualquer coisa do género: Em que medida mudou a mentalidade dos governantes e dirigentes da UE desde a altura em que aderimos e foi Presidente de Portugal para os dias de hoje?
Soares, com a sua natural simpatia e bom humor de quem partilhava uma sua opinião – numa altura da sua vida que poucos duvidam de ser franca – quase informal, diz mais ou menos isto: sabe, na altura, antigamente nos anos 80, a UE era governada por verdadeiros socialistas, até por democratas cristãos, com sentido de estado, que não se limitavam a desumanidade de um capitalista neoliberal que só olha a dinheiro e esquece as pessoas

Confesso que gostei da resposta, embora desgoste do seu significado e das implicações que traz: a realidade que estamos a viver neste momento e as maiores dificuldades que se especula que virão de futuro!

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