segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Melhorar os Mercados de Natal em Leiria e mais além

Há pouco mais de 10 anos era raro existirem animações de natal como como as atuais. Iluminava-se a rua e pouco mais. Óbidos foi quem realmente inovou nesta matéria, através das suas estratégias de animação cultural e de entretenimento. Desde então praticamente quase todos tentaram replicar, copiar ou fazer algo semelhante. 

Mas a origem destas festas está mais a norte. Há muitos anos que os festivais de natal, com os típicos ícones invernais da cultura Anglo-saxónica, Escandinava e de Leste animam o Norte da Europa e da América. Mudam-se os tempos e surgem naturais processos de aculturação, intensificados pelas poderosas ferramentas que hoje todos utilizamos, mas ainda mais por quem precisa de fazer dessa promoção profissão. É ver também os mais velhos a invocar o Menino Jesus perante as invasões de Pais Natais. Esse menino que alguns beijavam o pé e assim arriscavam levar algo mais para casa do que apenas uma alma purificada.

Temos assistido à continua transformação das festividades de Natal em Leiria, cada vez mais próximas do que se vê no norte da Europa. Lembro-me de quando não havia nada, da crise e daquela iniciativa em que se iluminou a Rua Direita com velas em copos oferecidas pelos leirienses. Pena não se integrarem essas iniciativas e recuperar outras que se perderam, tal como a exposição de construções originais em peças de Lego, de grandes dimensões, que trazia milhares de pessoas ao Banco de Portugal. Mas admito que possa ser apenas o meu gosto pessoal a transparecer. Há que lembrar que estas iniciativas devem ser pensadas para todos, no conjunto ou pela articulação de múltiplas atividades complementares.  

Apesar da melhoria notória desconheço a sustentabilidade financeira desta aventura, tal como a ambiental que não deve menos importante. Uma pista de gelo pode ser altamente questionável do ponto de vista ambiental. Mas o certo é que são proporcionadas várias atividades gratuitas, acessíveis a todas as crianças, independentemente do poder de comprar das suas famílias. Há também atividades para adultos, variedade e qualidade crescente nos comes e bebes disponíveis. De salientar também a oportunidade dada às associações culturais e de solidariedade social em participar, e assim reunir apoios para as suas atividades. 

Voltando ao que se presencia nos tais mercados mais a norte, aqueles que influenciam o que por cá fazemos, ainda falta trazer a conjugação do mercado regular com o mercado de Natal. A minha sugestão é que isso seja incluído num próximo passo, em que possamos comprar também produtos locais e diferenciados por quem os produz. Seria uma forma de complementar o comercio tradicional do centro da cidade. Com esta adição ainda mais pessoas seriam atraídas. Seria uma forma de garantir mais sustentabilidade ambiental, uma vez que consumir o que se produz localmente, com produtos da época, é um caminho inevitável para reduzir impactes ambientais. Fica a sugestão. 

Nota: texto publicado no Diário de Leiria

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Redundâncias da Actualidade - criado em Novembro de 2009 por Micael Sousa





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