quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Então não é que o meu livro "Contemporaneidades" já se vendeu numa livraria!

Quando deixei alguns exemplares do meu livro "Contemporaneidades - Poesia e Pintura de Micael Sousa" admito que pensei que nunca mais ter notícias deles. Então esta semana fui surpreendido. Os exemplares que deixei na livraria "Letras e Livros" em Leiria foram vendidos! Tive até de ir deixar lá mais.
Fotografia por: Liliana Gonçalves
Como autor amador que nunca tinha vendido livros a desconhecidos numa livraria este acontecimento importante apenas para mim deixa-me a fantasiar e especular. O que levará alguém a comprar um livro de um autor praticamente desconhecido e que faz o seu primeiro livros? Os livros de poesia amadora vendem? Será que ter ilustrações ajudou? Caso o livro seja mesmo lido, o que sentimentos e reações terá em quem leu? Seria alguém que me conhecia e comprou apenas por simpatia e curiosidade?
Porvavelmente nunca saberei a resposta a estas questões. E acabo este pensamento redundante com outra questão: será que queria mesmo saber as respostas às anteriores questões, pois não será muito mais interessante ficar nesta ignorância especulativa?

 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Torre Sineira de Leiria e cena de "O Crime do Padre Amaro" em Lego


Esta ao mais uma exposição de Natal em Peças de Lego, uma parceira da Câmara Municipal de Leiria e do grupo de voluntários da Comunidade 0937. Desta vez participei com uma construção original especial. Recriei um espaço bem conhecido da nossa cidade, a Torre Sineira, mesmo ao lado da antiga porta do sol das muralhas exteriores do castelo de Leiria. Nesse espaço, que continua a existir, lembrei-me de colocar uma figura em Lego do Eça de Queirós a espreitar entre a muralha, imaginando uma das cenas do seu romance  O Crime do Padre Amaro.

"Num muro invadido por vegetação aproveita-se o escritor do miradouro para imaginar as suas histórias. Ali ao lado da torre sineira, aquela que se afastou da Sé Catedral que repousa lá mais a baixo, Eça de Queirós liberta um sorriso malandro quando ouve o sino a badalar. Ali seria o espaço perfeito para acontecer um dos seus romances mais polémicos, com um fim trágico. Ali, na Leiria velha, haveria um Padre que se iria escapar subindo o morro do castelo com a sua amante Amélia. O seu nome era Amaro."

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Hoje até os Mortos foram Roubados

Dia 1 de Novembro de 2013 foi um dia de assalto sem precedentes. Assaltaram-se vivos e mortos, em todas as gerações – dos vivos é claro.


Hoje, por decisão do Governo, deixou de haver feriado, morrendo com isso uma longa tradição de origens ainda mais antigas que o cristianismo, ou seja, mais de 2000 anos. Impediu-se o continuar de uma tradição que vinha já de tempos celtas e sobreviveu adaptada durante toda a era cristã até aos dias. Impediu-se que as crianças por Portugal continuassem a tradição de irem, de porta em porta, “pedir bolinho”. E, talvez mais grave que tudo o resto, impediu-se que os vivos visitassem, por todo o país, neste dia dedicado aos mortos, os familiares e amigos desaparecidos.

Não é fácil conseguir um roubo de tão grande impacto, especialmente quando até os mortos são roubados.

Algumas curiosidades sobre este feriado no blogue A Busca pela Sabedoria:

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Começa a época das descolagens políticas

O Verão parece estar a atingir o pico máximo de calor. Portugal está em brasa! Neste momento, apesar das temperaturas elevadíssimas que se fazem sentir, os principais fogos e calamidades parecem estar a acontecer no seio do próprio Governo. As indefinições e instabilidades causadas pelos próprios que se dizem defensores do rigor e seriedade deixam os portugueses em estado de descrédito e choque. Os maus exemplos políticos vindos da elite governativa transformam o exercício do poder e da política em atos de chacota pública, desencadeadores de convulsões revoltosas e ódios, tão funestos para a imprescindível coesão e empatia social que precisamos alcançar para descolar desta crise das crises.
A convulsão nacional vem no momento em que as pré-campanhas autárquicas arrancam. Será coincidência? É difícil de perceber o que é estratégia e o que é simplesmente falhanço e incompetência. De qualquer dos modos, a ação do atual Governo tem contribuído para minar a já pouca confiança dos portugueses no exercício da política. Poderá ser mero acaso, mas isso não minora os impactos para as eleições autárquicas de 29 de Setembro, ao fazer aumentar uma já clara aversão dos portugueses para com a política formal.
Novamente, por acaso ou não – qual acaso dos acasos –, os partidos a nível local, especialmente aqueles que apresentam candidatos militantes nos partidos que os apoiam, parecem fugir dos próprios logótipos e cores tradicionais. As mensagens tendem também a ser esvaziadas de qualquer ideologia que poderia ajudar à decisão política. Isso acentua-se mais no caso do PSD e CDS-PP, mesmo em municípios onde isso antigamente seria um ponto forte.
O que não é acaso é a tentativa de descolar das responsabilidades do Governo, com o próprio Primeiro-Ministro a tentar descolar das suas próprias responsabilidades pela vinda da Troika, quando ainda era líder de oposição e fez chumbar o PEC4. Na campanha pelas freguesias a tentativa segue pelo mesmo rumo, evitando ou culpando outros pela atabalhoada reforma da administração local que só serviu para extinguir freguesias sem qualquer ganho justificável. 
No tempo que ai vem, com o calor a apertar, a tendência será para forçar o descolar das responsabilidades dos próprios e das suas famílias políticas, tentando colar remendos e mensagens à pressa para evitar as catástrofes eleitorais de alguns.

Texto publicado no Diário de Leiria e Jornal de Leiria

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Escrever um livro, ter um filho e plantar uma floresta!

Quando disseram que nos deveríamos sentir realizados quando "plantássemos uma árvore, escrito um livro e tido um filho" deve ter havido engano de proporção. Escrever um livro, dependendo do tipo de escrito, pode ser muito trabalhoso, mas comparar o plantar de uma árvore à dimensão de trazer ao mundo um filho é absurdo. Acho que nem o plantar e tratar de uma floresta inteira seria comparável. Acho que temos de reformular a expressão! :)




domingo, 6 de outubro de 2013

O meu livro à venda numa montra de livraria

Confesso que nunca esperei ser autor de um livro, e ainda menos que estivesse na montra de uma livraria, ainda por cima uma, que na minha opinião, é das melhores em Leiria. Quando passo pela dita livraria - Letras & Livros -, que fica muito perto dos meus percursos pedestres diários, o sentimento é de estranheza quando olho para aquele pequeno livro negro - CONTEMPORANEIDADES - Poesia e Pintura de Micael Sousa - ali exposto. É um pedaço de mim que está ali exposto! O mesmo é dizer que não me considero digno de tal honra, mas que quero fazer por a merecer, ensaiando mais trabalho e tentando melhorar - até por que há mesmo muito a melhorar.

Como isto é uma verdadeira redundância, com importância apenas para mim, não podia deixar de registar aqui este momento de vida - sem esperar que este registo tenha muitos leitores, obviamente.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Inauguração pelos Leirienses da Ponte D. Dinis

Numa noite de verão, correndo uma leve brisa por Leiria, os Leirienses inauguram, eles mesmos, a ponte que finalmente concluiu a ligação do Polis.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A trilogia da estória da Quinta do Coelho Amuado

Por vezes a vida real inspira, outras vezes é tudo pura coincidência e a fantasia surge da necessidade de escapar à realidade, criando uma nova, mais simplista e capaz de ser compreendida.
Consciente e incosnciente disto que acabei de escrever, lancei-me na criação de uma pequena estória totalmente ficional, alegórica e onde animais domésticos, no seu ambiente própria, criam um enredo cheio de metáforas e mensagens subliminares.
A estória do tal Coelho Amuado começou por ser pensada como um texto isolado, mas, depois, logo veio a ideia de juntar mais personagens e continuar com a trama. A ideia só se concretizou porque um projeto jornalístico, inovador e arrojado, pensado para jovens - especialmente na prespetiva da juventude de mente arejada que não depende da idade -, me deu o incentivo e possibilidade de divulgar a um público mais alargado esta criação. Foi arriscado, mas o textos, apesar da sua singularidade, até têm tido um número de visitas consideráveis. Obrigado P3!
Ficam então os links dos 3 mini-contos que formam agora uma trilogia:
Havendo a oportunidade, a vontade é de tornar esta trilogia numa novela!

terça-feira, 18 de junho de 2013

Feira de Maio – O Renovar da Magia e das Estórias

A partir de uma certa idade admito que a Feira de Maio começou a gerar em mim sentimentos contraditórios. Não pretendo fazer generalizações, mas poderá haver quem, à sua maneira, sinta ou tenha sentido a mesma opinião paradoxal em relação à dita feira.
Se, para mim, antigamente a Feira de Maio tinha uma magia que só era acessível porque a via com olhos de criança e com uma imaginação inocentemente ilimitada, anos mais tarde o sentimento mudou. Já na adolescência, os carroceis, os doces e os brinquedos passaram a não despertar o interesse de outrora. Entre a música, por vezes ritmada até ao absurdo, carros de choque e afins desenhavam-se outras fantasias próprias de outras idades. Na Feira de Maio ensaiávamos histórias de amor desajeitadas, importantíssimas para o nosso desenvolvimento emocional, numa altura em que tentávamos uma adaptação aos novos corpos de adulto.

Fonte da Fotografia: http://newscentermco.blogspot.pt/2010/05/feira-de-maio-leiria.html

Mais tarde, a feira foi ganhando pó e perdendo o interesse. Mas quase sempre por lá passei, procurando réstias dos sonhos de antigamente, desvanecidos e longínquos. Voltava lá, seguindo um ritual, ainda que no fim de cada ida dissesse: isto já não me diz nada… Mas no ano seguinte regressava. Provavelmente retornávamos muitos - eu e outros como eu -, movidos por sentimento paradoxais semelhantes.
Este ano voltei de novo! Fiquei surpreendido! A Feira de Maio mudara! Mudara de sítio e ganhara novos contornos, parecendo querer modernizar-se e adaptar-se às necessidades dos nossos tempos. A Feira ganhou com a qualidade das infraestruturas disponibilizadas, e até se abriu com ela o Estádio à comunidade, rumo a uma utilidade que muitos exigiam há muito tempo. Este foi um passo simbólico importante para que no futuro a Feira evolua e se continue a desenvolver, mantendo as suas características tradicionais, mas adaptando-se à Leiria e aos leirienses de hoje e de amanhã.
Para o ano quero voltar, e nos próximos também, quem sabe trazendo aqueles que pela idade sentem como ninguém a magia especial da nossa Feira de Maio.
 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

As emoções não unânimes ao projeto: CONTEMPORANEIDADES

O projecto CONTEMPORANEIDADES foi uma experiência pessoal única, mas foi especialmente interessante o processo interactivo e a percepção que criou no outro, em que via e lia, tanto os poemas como as telas. Fiquei algo surpreendido pela falta de uniformização das opiniões de quem entrou em contacto com o projecto e partilhou de sua justiça. Evito a referência a quem não tenha gostado pois muitas dessas opiniões nunca foram verbalizada, apesar de não duvidar que de facto não tenha agradado a todas as pessoas - ou porque as obras eram mesmo más ou porque as receptores não estavam sintonizados com o tipo de comunicação e/ou mensagem inerente. 
Esperava que certas telas e poemas gerassem uma espécie de unanimidade quando se tratasse de eleger os trabalhos (supostamente) mais bem conseguidos, mas não foi isso que aconteceu. Apesar de alguns terem sido tendencialmente escolhidos pela maioria, havia uma grande percentagem de pessoas que considerava os seus preferidos em completa divergência com a suposta tendência geral. Posso apenas especular a razão para tanta divergência de opinião. Talvez tenha sido pelos temas e mensagens, relacionados com os tempos contemporâneos próximos de todos nós, afectando - positiva ou negativamente - cada receptor conforme os sentimentos, memórias e emoções que despertava no seu eu. O recurso ao simbolismo pode ter potenciado isso, pois era adubo para uma imaginação adormecida. Ou então, talvez não, talvez seja pura coincidência. 
De qualquer dos modos, ou muito me engano ou muitas das verbalizações eram mesmo sentidas e a emoção realmente despertada por este ou aquele borrão que me saiu da mão. 
No final da exposição, por comentário de quem percebe do assunto, fiquei com a sensação que tenho tendências surrealistas. Talvez. Seja como for, identifico-me com o que fiz, mesmo que de um modo surreal. 
Fica-me a vontade de criar mais e mais!!!

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Redundâncias da Actualidade - criado em Novembro de 2009 por Micael Sousa





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