O dia 25 de Dezembro desde há séculos que se assumiu como um dia de festejos. Muitos foram os pretextos e razões que tornaram este um dos dias mais importantes dos calendários ocidentais ao longo da história, mesmo que para isso tenham variado os motivos dos festejos - conforme as necessidades e vontades políticas, religiosas, ou até mesmo económicas.
Inicialmente, o dia 25 de Dezembro era uma festa pagã, entre muitas outras que aconteciam ao longo de todo o ano, um pouco por todo o Mediterrâneo. No entanto, em 274 d.C. foi institucionalizado pelos Romanos que o dia 25 de Dezembro seria dedicado ao culto do Sol (Invictus Dominus Imperii Romani) e as suas celebrações financiadas por conquistas militares. Esta foi uma forma engenhosa de agregar festividades e cultos diferentes, condensando-os num só dia e associando-os ao Imperador - que seria a entidade representante dessas divindades na Terra. Isto teria uma função mais política que religiosa, pois nesta época o Império começava a entrar em declínio e fragmentação, o que despoletou a necessidade de fomentar a união interna - cultural, política e religiosa -, de modo a tornar o Império mais homogéneo e estável, tal como fortalecer a figura de um imperador incontestável.
Posteriormente, quando o cristianismo foi elevado a religião oficial do Império, este dia de festejos - que detinha uma grande popularidade na altura - foi convertido no dia do nascimento do novo Deus. A transição é menos radical se pensarmos já nas características "proto-monoteistas" do anterior culto do sol.
Posteriormente, na época pós-industrial, com o capitalismo bem instalado e assumindo-se o consumismo como um movimento sociocultural próprio, criaram-se personagens como o Pai Natal e instituiu-se a troca de presentes como um hábito social. Hoje em dia estas influências continuam a fazer-se sentir, talvez até mais que nunca. No entanto, há quem se ponha à margem das influências mais materialistas e consiga fazer desta data um dia dedicado à família e amigos, tal como a acções de voluntariado e solidariedade.
Em jeito de conclusão, ao longo da história este dia foi, tendencialmente, utilizado pelo "Poder Instituído", segundo seus valores e ideais, em favor dos seus desígnios e vontades. Contudo, a sociedade mudou, os poderes instituídos também, mas o dia 25 de Dezembro manteve-se sempre como um dos dias mais importantes do nosso calendário.
Posteriormente, quando o cristianismo foi elevado a religião oficial do Império, este dia de festejos - que detinha uma grande popularidade na altura - foi convertido no dia do nascimento do novo Deus. A transição é menos radical se pensarmos já nas características "proto-monoteistas" do anterior culto do sol.
Posteriormente, na época pós-industrial, com o capitalismo bem instalado e assumindo-se o consumismo como um movimento sociocultural próprio, criaram-se personagens como o Pai Natal e instituiu-se a troca de presentes como um hábito social. Hoje em dia estas influências continuam a fazer-se sentir, talvez até mais que nunca. No entanto, há quem se ponha à margem das influências mais materialistas e consiga fazer desta data um dia dedicado à família e amigos, tal como a acções de voluntariado e solidariedade.
Em jeito de conclusão, ao longo da história este dia foi, tendencialmente, utilizado pelo "Poder Instituído", segundo seus valores e ideais, em favor dos seus desígnios e vontades. Contudo, a sociedade mudou, os poderes instituídos também, mas o dia 25 de Dezembro manteve-se sempre como um dos dias mais importantes do nosso calendário.
Resta saber a que será dedicado no futuro este dia?
Espero que cada vez mais ao social e menos à economia.
Texto inspirado no original do blogue A Busca pela Sabedoria disponível em: http://abuscapelasabedoria.blogspot.com/2009/12/25-de-dezembro-de-2009-um-dia-muito.html
Excelente texto caro Micael.
ResponderEliminarParabéns.
Texto muito aprofundado e espero que no futuro o dia 25 de Dezembro seja dedicado à sociedade, à humanidade em geral. Não pelo poder da economia, mas sim pela solidariedade de uns para com os outros.
ResponderEliminarAbraços,
Lumena Oliveira