Apesar destas primeiras semanas de Outubro se terem revelado anormalmente secas, no passado dia 7 de Outubro caíram as primeiras chuvadas intensas, as primeiras de uma estação que espero ter os normais níveis de pluviosidade Outonais.
É usual ocorrerem inundações pontuais assim que caem as primeiras chuvadas devido à falta de manutenção dos sistemas de drenagem pluvial. Algo de reprovar mas que acontece, infelizmente, praticamente em todas as zonas urbanas do País, não sendo infelizmente Leiria uma excepção. Mas o caso de Leiria merece uma análise própria, pois as deficiências do sistema de drenagem tenderão a ser agravadas à medida que a cidade vai crescendo. A cidade de Leiria cresceu bastante urbanisticamente nos últimos anos, tendo desaparecido muita da antiga área envolvente da cidade capaz de absorver e facilitar a infiltração das águas das chuvadas. Nas zonas onde existia vegetação ou simplesmente baldios, capazes de absorver águas das chuvas e minimizar o seu potencial cinético, estão agora cobertas de edifícios e vias de comunicação que impermeabilizam os solos. Isto majora o efeito das chuvadas e aumenta em muito os caudais das águas que correm pelos sistemas de drenagem pluvial artificiais e naturais (esgotos e linhas de água), isto é quando eles existem.
Prova disto são as inúmeras inundações que ocorrem logo que caem as primeiras chuvadas, causando várias inundações onde antigamente isso não ocorria.
A título de exemplo fica aqui uma imagem captada dia 7 de Outubro de 2009 no Largo Alexandre Herculano, perto da Igreja de S. Julião ou do Espírito Santo, e Fonte das Três Bicas.
A título de exemplo fica aqui uma imagem captada dia 7 de Outubro de 2009 no Largo Alexandre Herculano, perto da Igreja de S. Julião ou do Espírito Santo, e Fonte das Três Bicas.
(texto publicado no semanário Jornal de Leiria no dia 22 de Outubro de 2009 e no Diário de Leiria no dia 26 de Outubro de 2009)
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