Gostamos muito de independentes, mas que se comprometam com coisas. Detestamos partidos, mas acusamos com ódio quem os trai. Cá os partidos são como clubes de futebol, daqueles que nunca se pode mudar. Mas porquê? Um partido deveria defender ideais e valores, transformados em propostas políticas, mudando naturalmente. Os partidos, apesar disso, são feitos de pessoas e na prática servem para aceder ao poder, ao ponto de recorrerem a independentes. Já os independentes, que também querem poder, acedem aos pedidos dos partidos e vestem temporariamente as camisolas que nem sempre lhes assentam bem.
Tal como nos clubismos futebolísticos, ainda temos dificuldades em lidar com a mudança de partido. Talvez seja essa relação que temos tantos independentes e relações entre futebol e política. Até eu, que ligo cada vez menos a futebol, tive de fazer esta metáfora futebolística para não ficar fora de jogo.
Então como fazer para que os independentes se comprometam com as suas promessas políticas? Ficamos apenas pelas relações pessoais? Isso vai funcionando na esfera da política local, porque todos os dias vemos o fruto da atividade política, e até a sentimos mais quando passamos por um buraco ou outros contratempos do dia-a-dia. Facilmente vemos os representantes políticos, na rua, no seu local de trabalho e em eventos públicos. Mas quando se fala de política nacional precisamos ainda mais das instituições, no caso da atividade política estamos a falar de partidos, porque para já não temos alternativas, apesar de existirem outros formatos conhecidos. Parece então desapropriado ter independentes no xadrez político nacional. Faria mais sentido que quem se candidata para cargos nacionais se filiasse no partido pelo qual concorre, nem que fosse para mudar quando essa relação deixasse de ter sentido. Talvez agora com os novos partidos esses tiques de clubismo ferranho, que geram ódios, mudem e a vida política seja mais dinâmica.
Centrando em Leiria, que nunca parece estar ao centro das políticas nacionais, será que podemos ter a esperança que deputados eleitos assumam papeis de liderança e contribuam para o desenvolvimento do distrito? Dificilmente porque o distrito, enquanto unidade administrativa territorial, para pouco mais serve do que para os eleger. E depois de eleitos passam automaticamente, por força da constituição da república, a serem deputados nacionais, pelo que não deveriam privilegiar certos territórios em detrimento de outros. Ou seja, na prática, os candidatos a deputados apenas deveriam fazer campanha nos seus círculos eleitorais com base no programa nacional dos partidos que representam e não em assuntos locais, o que é bizarro. Sabe a pouco e os resultados depois na prática política sentem-se: ou seja, na prática depois pouco ou nada se vê nesses territórios fruto dessa representação, porque, não sendo suposto, os deputados naturalmente não têm recursos reais para isso. Em resumo: está na altura de mudar o sistema eleitoral.
Tal como nos clubismos futebolísticos, ainda temos dificuldades em lidar com a mudança de partido. Talvez seja essa relação que temos tantos independentes e relações entre futebol e política. Até eu, que ligo cada vez menos a futebol, tive de fazer esta metáfora futebolística para não ficar fora de jogo.
Então como fazer para que os independentes se comprometam com as suas promessas políticas? Ficamos apenas pelas relações pessoais? Isso vai funcionando na esfera da política local, porque todos os dias vemos o fruto da atividade política, e até a sentimos mais quando passamos por um buraco ou outros contratempos do dia-a-dia. Facilmente vemos os representantes políticos, na rua, no seu local de trabalho e em eventos públicos. Mas quando se fala de política nacional precisamos ainda mais das instituições, no caso da atividade política estamos a falar de partidos, porque para já não temos alternativas, apesar de existirem outros formatos conhecidos. Parece então desapropriado ter independentes no xadrez político nacional. Faria mais sentido que quem se candidata para cargos nacionais se filiasse no partido pelo qual concorre, nem que fosse para mudar quando essa relação deixasse de ter sentido. Talvez agora com os novos partidos esses tiques de clubismo ferranho, que geram ódios, mudem e a vida política seja mais dinâmica.
Centrando em Leiria, que nunca parece estar ao centro das políticas nacionais, será que podemos ter a esperança que deputados eleitos assumam papeis de liderança e contribuam para o desenvolvimento do distrito? Dificilmente porque o distrito, enquanto unidade administrativa territorial, para pouco mais serve do que para os eleger. E depois de eleitos passam automaticamente, por força da constituição da república, a serem deputados nacionais, pelo que não deveriam privilegiar certos territórios em detrimento de outros. Ou seja, na prática, os candidatos a deputados apenas deveriam fazer campanha nos seus círculos eleitorais com base no programa nacional dos partidos que representam e não em assuntos locais, o que é bizarro. Sabe a pouco e os resultados depois na prática política sentem-se: ou seja, na prática depois pouco ou nada se vê nesses territórios fruto dessa representação, porque, não sendo suposto, os deputados naturalmente não têm recursos reais para isso. Em resumo: está na altura de mudar o sistema eleitoral.
Sem comentários:
Enviar um comentário