sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O ridículo aconteceu na Assembleia Municipal de Leiria

O insólito, o ridículo, o absurdo aconteceu no passado dia 28 de Dezembro de 2009. Estava eu em plena Assembleia Municipal de Leiria, em substituição de uma camarada de partido, quando assisto a uma intervenção de um colega de assembleia da oposição. Penso que todos ficámos estarrecidos e boquiabertos com a sua afirmação. Lamento não me lembrar das exactas palavras do colega deputado municipal, mas basicamente diziam o seguinte: “…eu não sou político!
Então, afinal o que era ele – devem ter pensado todos. Alguém, indignado com tal afirmação, gritou do fundo da sala – então és o quê? Agora já és político – algo que ninguém pode negar, somente por má fé ou por ignorância.
 Se alguém, eleito para um cargo puramente político, que se predispões a fazer intervenções e expressar a sua opinião não é político, se essa pessoa não é, afinal quem o pode ser?

São comportamentos como este que vão denegrindo a classe política, uma classe que deveria ser das mais respeitada pela sua importância, mas também se dar ao respeito, pois só assim que pode ir fortalecendo uma democracia jovem como a nossa.

6 comentários:

  1. Teve, quanto mais não seja, o mérito de admitir aquilo que JSócrates não tem. :-)))
    Quando dizes: "...a classe política, uma classe que deveria ser das mais respeitada pela sua importância...", o que se me apraz dizer é que o respeito conquista-se, não se impõe.
    Quanto a esse interveniente na Ass Municipal de Leiria, é apenas mais um, entre muitos "políticos" que não o são. :-)

    Beijinho camarada na direcção errada. :-D
    CatarinaM.

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  2. Não vejo que tenho JSócrates a ver com esta conversa. Nada no meu entender.

    Independentemente da classe políticas ser boa ou má, tem de ser respeitada pois é eleita, escolhida por quem vota, e se não votam então ainda menos espaço há a reclamações.

    Apesar do elementos da assembleia municipal que fez tal afirmação, prenhe de comicidade, ser bom ou mau político, nunca deixará de ser um. Isso, independentemente das cores partidárias, foi uma afirmação que chocou todos os presentes, pelo menos os que sabem e respeitam o papel da política, enquanto ferramenta democrática de uma sociedade moderna e desenvolvida. Esta é uma questão onde as cores partidárias pouco importam, apenas o bom senso.

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  3. Caro Micael,
    Se foi dúbia a analogia que fiz do teu texto com JSócrates, foi porque não a quiseste entender.
    Depois quando dizes: "Independentemente da classe política ser boa ou má, tem de ser respeitada pois é eleita, escolhida por quem vota...", só posso lamentar o teu conformismo. Porque eu não respeito maus profissionais, sejam eles de que ramo forem. Alguns políticos ainda não perceberam que o que tem importância não são eles próprios, mas os cargos que ocupam. Não respeito quem não cumpre as suas funções.
    Ridículo, mas não insólito é também a retórica e demagogia utilizada no discurso de alguns políticos "profissionais", tão ou mais condenável que o proferido pelo representante confuso que mencionas no texto. Não respeito dscursos eloquentos mas vãos.
    Eu respeito bastante a política, mas o problema da política são precisamente os políticos.
    Se ser utópica é não se conformar com a realidade, então eu sou utópica.

    CatarinaM

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. No texto que publiquei pretendia dar a conhecer o gesto de ignorância deste deputado municipal e seu desrespeito para com os eleitores que o elegeram e para toda uma classe política, embora não profissional.
    Há bons e maus políticos, mas se alguns dos que têm esse papel nem sequer o admitem, como os poderemos avaliar?
    Eram mais ou menos estas questões que queria deixar com o que escrevi inicialmente.

    Quanto ao conformismo, se há pessoa que não podes acusar de conformista sou eu. Até podia levar isso como uma ofensa. Mas como tenho consideração por ti, vou dar-te explicações nesse sentido.
    A minha actividade política partidária, os blogues que vou criando, sem os quais estas discussões não seriam possíveis, e os meus textos de opinião que vão sendo publicados nos jornais locais são prova mais que suficiente do meu inconformismo.

    Se não conseguimos chegar a consensos, isso é outra história, pois tenho a minha própria ideologia, que tudo tem a ver com os princípios e com a génese do Partido Socialista. Se há quem pense que não tem ideologia própria é só por mera ignorância. Sendo que um desses princípios é o respeito pela democracia e pelos direitos individuais e de liberdade de expressão.

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  6. Pois eu no meu fraco entender de simples operário e emigrante na Holanda desde 1964 e já velho(88anos)acho que quem faz uma afirmação como esta,está a fazer uma afirmação de cariz político,porque tudo no nosso dia a dia,tem a ver com Política.A Política da Saúde,dos Salários,do Ambiente,dos Transportes,da Educação etc.

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