domingo, 19 de junho de 2011

A Internet e as Novas Tecnologias – uma oportunidade para a COES

Partilho de seguida o texto de apoio à proposta de organização para a Corrente de Opinião Esquerda Socialista, cujo primeiro proponente é André Fonseca Ferreira. Apoiei e apoio a proposta referida por propor o funcionamento da COES de um modo leve e que assenta nas novas tecnologias, nas TIC.
Segue a cor diferente o texto justificativo das oportunidades das TIC e da WEB2.0 para o futuro da COES:
 A nossa sociedade está a viver, desde há algumas décadas para cá, uma transformação imensa no modo como nela comunicamos e transmitimos informações, enquanto indivíduos ou enquanto membros de grupos. As novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), mais concretamente os sistemas computacionais, cada vez mais miniaturizados, e o acesso à Internet, cada vez mais fácil e generalizado, têm sido os motores desta “revolução”. Estes novos meios e ferramentas abrem hoje portas que no passado pereceriam pura ficção. Hoje, barreiras geográficas e físicas conseguem ser superadas por tecnologia de massas, acessíveis ao cidadão comum, permitindo a capacidade de aceder a quantidades incomensuráveis de informação e a  comunicar instantaneamente com  grupos incrivelmente vastos. Falando na Internet, hoje em dia, temos de falar também na WEB 2.0, nomeadamente nas Redes Sociais que vão ganhado cada vez mais notoriedade. O potencial de intervenção cívica e política destas novas plataformas tornou-se incontornável a partir do momento em que no Egipto, através de um grupo de facebook, se conseguiu mobilizar a população de um país e mudar o sistema político vigente - mudar para uma proto-democracia. Ou seja, as TIC têm vindo, e vão continuar, a influenciar e a permitir aos cidadãos novos modos de exercerem a sua cidadania
Tendo em conta a realidade política nacional, o Partido Socialista ( PS) e o futuro da Corrente de Opinião Esquerda Socialista (COES) como entidade que pode e pretende revitalizar, dinamizar e recentrar o foco ideológico do PS, naquilo que se considera ser o Socialismo Democrático, as novas tecnologias terão de ser aliadas de peso.  Assim, as novas tecnologias, especialmente a Internet, têm de ser consideradas numa nova reorganização da COES, devendo ser estrategicamente utilizadas com o intuito de fazer crescer e reforçar a própria corrente, dentro e fora do PS, para o benefício e melhoria  do partido e, com isso, do próprio país.
Introduzidas as vantagens e oportunidades que as redes virtuais trarão à COES, há que aprofundar um pouco mais essas razões, definindo 3 grandes razões e justificações:
•    Primeiro, há que ter em conta as dificuldades de afirmação das correntes de opinião, sempre com dificuldades na sustentabilidade financeira de toda a logística relacionada com o seu próprio funcionamento. A aposta e utilização das TIC possibilitará a redução de custos logísticos, fomentando em tempo real o debate e troca de ideias, mas, acima de tudo, permitirá divulgar, em massa, o trabalho e objectivos da COES a um público-alvo muito vasto,  militantes e simpatizantes do PS. As fronteiras e distâncias pouco importam nestes modos. Se pensarmos e olharmos para as nossas próprias algibeiras, veremos que os smartfones com acesso à Internet são cada vez mais comuns e o seu potencial cívico/político ainda está muito aquém de ser aproveitado.
•    Segundo, analisando a própria nomenclatura das COES, o facto de ser uma corrente política interna de um grande partido, mas uma corrente que se quer livre e capaz de ter uma “Opinião”, obriga a apostar fortemente numa presença activa na Internet, de aproveitar todos os seus meios, os que existem actualmente e os que virão no futuro com o desenvolvimento de novas tecnologias, pois a WEB 2.O é ambiente contemporâneo de quase todas as opiniões. É indiscutível que o desenvolvimento da blogosfera e das redes sociais – uma parte importantíssima da WEB 2.0 -, que por serem gratuitas e de fácil utilização, permitem ao comum utilizador ter verdadeiramente uma opinião. Nos dias que correm qualquer cidadão, independentemente do seu capital financeiro ou social, bem ou mal, consegue fazer passar uma opinião, algo sem precedentes na nossa história. 
•    Terceiro, há que admitir, sem receios, que a COES, mesmo ao nível interno do próprio PS sofre de uma certa falta de divulgação e notoriedade, especialmente entre os mais jovens e entre os militantes e simpatizantes socialistas mais afastados da capital. A utilização das novas tecnologias será um modo de divulgação da corrente por meios inovadores a um novo público-alvo, que pode ser imenso. Esta opção pode até responder a várias necessidades e anseios de participação política e debate que existem no seio do partido, pois o próprio PS está também ainda por se desenvolver e aproveitar todas as potencialidades das tecnologias emergentes, especialmente para possibilitar o debate e intercâmbio de ideias. No fundo, as vontades de debater existem, somente têm faltado os meios - pelo menos até agora.
Com o surgimento de grandes bases de dados de imagens, músicas e vídeos de acesso livre na Internet, o acesso à informação passou dos limites do imaginário do passado. Nem os próprios Media tradicionais ficaram indiferentes – nem podiam sequer, pois corriam o risco de ficar obsoletos – a estas transformações, sendo os próprios a disponibilizar hoje muita da sua informação na WEB e a fomentar a cooperação e a interactividade com o comum cidadão opinante, aquele que tem o seu blogue e que participa nas redes sociais e nos fóruns de discussão.
Assim, pelo que conhecemos hoje, e pelo que virá num futuro - que apesar de se poder tentar vislumbrar jamais será certo e onde é difícil conjecturar - nem a COES nem qualquer instituição democrática, que defenda valores e conteúdos, pode ficar indiferente à WEB. Mais que isso, a COES tem de se fazer representar nela [WEB] com força e dinamismo pois, se assim não for, dificilmente poderá sair de uma posição pouco conhecida e não poderá crescer, de um modo sustentável, com uma grande participação de jovens. Isto para não falar das já referidas vantagens logísticas que permitem a aposta nas plataformas virtuais, independentemente da idade dos seus utilizadores. O termo virtual não pode ser visto como algo pejorativo, mas sim como uma verdadeira oportunidade para novas realidades!
Não podemos esquecer também que a Ciberdemocracia, que tudo tem que ver com o desenvolvimento da Internet, da WEB 2.0 - ou o que lhe quisermos chamar -, será seguramente, nem que seja parcialmente, uma realidade do futuro e que poderá ser o caminho para renovar o sistema e o paradigma da representação política rumo a uma democracia mais directa. Tal possibilidade pode ser também uma realidade e oportunidade para a COES.

Texto disponível no sitio da Internet da COES em: http://www.esquerda-socialista.org/?p=1375

1 comentário:

  1. Eu,no meu fraco entender de simples operário e emigrante na Holanda desde 1964 e já velhote (88anos),digo que o PS usa o rótulo de socialista mas quando está no Governo pratica a Política Liberal DITADA de Bruxelas tal como o PSD que usa o rótulo de social democrata.Como tal não é um Partido da Esquerda.É claro que o PSD leva vantagem sôbre o PS,porque tem a acolitá-lo o CDS/PP,um Partido em que há muita gente saudosa da Ditadura clerical-fascista do Estado Novo.Êstes três Partidos são apoiantes da Horda mercenária da NATO e de suas guerras de destruição e rapina e como tal formam a DIREITA.

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