sexta-feira, 20 de abril de 2018

Texto para o dia internacional dos Monumentos na Escola Correia Mateus em Leiria

No passado dia 18 de abril celebrou-se o dia internacional dos monumentos e sítios. No âmbito de uma iniciativa na biblioteca da Escola Correia Mateus, em que se iria fazer uma sessão de leitura e de jogos de tabuleiro sobre temas históricos (com a editora Pythagoras e os Boardgamers de Leiria), recebi o convite para escrever algo que os alunos pudessem ler alusivo à efeméride. Assim, ensaiei um escrito que pudesse explicar o que é um monumento e porque são património, como são parte da estrutura que agrega as sociedades e produz cultura. Aqui fica:



Os monumentos servem para nos lembrarmos. A palavra tem origem no latim, a língua dos romanos que depois deu origem ao português. Os monumentos eram construídos para guardar uma memória. Podia ser um acontecimento histórico, uma celebração de alguma coisa importante. Podia ser feito pela vaidade de um rei, para que não se esquecessem dele. Nos monumentos podemos encontrar a memória de todos nós, daquelas coisas que nos orgulhamos e com as quais todos nos identificamos.

Os monumentos são construções, grandes e pequenas. Podem ser obras de arte, estátuas e edifícios. Uma praça, castelo, catedral, mosteiro, rua e até uma cidade inteira pode ser um monumento. Podemos querer guardar e cuidar dos monumentos pelo que significam. Isto quer dizer que podemos tratar deles porque têm valor, porque gostamos deles e porque só temos aquele. Não existe outro igual. Alguns monumentos são impressionantes pelo tamanho e tempo que demoraram a construir. Outros são pequenos e tão originais que também são valiosos.

Os monumentos são património. A palavra património também tem origem no latim. Quer dizer herança, aquilo que recebíamos dos pais. Era algo valioso que devíamos guardar por vários motivos, especialmente porque gostávamos da nossa família. Podia ser um objeto que fazia lembrar e que nos identificava como filhos dos antigos donos. Os monumentos também são heranças. A diferença é que são heranças coletivas, de todos, de um grupo muito grande de pessoas. Servem para nos lembrar dos nossos antepassados, aqueles que viveram antes de nós e de quem descendemos, o nosso povo. Os monumentos podem ser também admirados por outros povos e pessoas, podem ser adotados. Quanto mais pessoas gostarem deles melhor.

Quando cuidados de um monumento estamos a manter a memória e a herança dos nossos pais, avós, dos pais e avós deles. Estamos a manter algo que pertence a todos e que nos une. Chama-se a isto a nossa cultura. Mas pode ser a cultura dos outros também. Respeitar os monumentos é respeitar as diferentes pessoas, os povos e as culturas.

O texto foi brilhantemente lido por dois alunos nessa manhã.

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Redundâncias da Actualidade - criado em Novembro de 2009 por Micael Sousa





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