quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Então não é que o meu livro "Contemporaneidades" já se vendeu numa livraria!

Quando deixei alguns exemplares do meu livro "Contemporaneidades - Poesia e Pintura de Micael Sousa" admito que pensei que nunca mais ter notícias deles. Então esta semana fui surpreendido. Os exemplares que deixei na livraria "Letras e Livros" em Leiria foram vendidos! Tive até de ir deixar lá mais.
Fotografia por: Liliana Gonçalves
Como autor amador que nunca tinha vendido livros a desconhecidos numa livraria este acontecimento importante apenas para mim deixa-me a fantasiar e especular. O que levará alguém a comprar um livro de um autor praticamente desconhecido e que faz o seu primeiro livros? Os livros de poesia amadora vendem? Será que ter ilustrações ajudou? Caso o livro seja mesmo lido, o que sentimentos e reações terá em quem leu? Seria alguém que me conhecia e comprou apenas por simpatia e curiosidade?
Porvavelmente nunca saberei a resposta a estas questões. E acabo este pensamento redundante com outra questão: será que queria mesmo saber as respostas às anteriores questões, pois não será muito mais interessante ficar nesta ignorância especulativa?

 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Torre Sineira de Leiria e cena de "O Crime do Padre Amaro" em Lego


Esta ao mais uma exposição de Natal em Peças de Lego, uma parceira da Câmara Municipal de Leiria e do grupo de voluntários da Comunidade 0937. Desta vez participei com uma construção original especial. Recriei um espaço bem conhecido da nossa cidade, a Torre Sineira, mesmo ao lado da antiga porta do sol das muralhas exteriores do castelo de Leiria. Nesse espaço, que continua a existir, lembrei-me de colocar uma figura em Lego do Eça de Queirós a espreitar entre a muralha, imaginando uma das cenas do seu romance  O Crime do Padre Amaro.

"Num muro invadido por vegetação aproveita-se o escritor do miradouro para imaginar as suas histórias. Ali ao lado da torre sineira, aquela que se afastou da Sé Catedral que repousa lá mais a baixo, Eça de Queirós liberta um sorriso malandro quando ouve o sino a badalar. Ali seria o espaço perfeito para acontecer um dos seus romances mais polémicos, com um fim trágico. Ali, na Leiria velha, haveria um Padre que se iria escapar subindo o morro do castelo com a sua amante Amélia. O seu nome era Amaro."

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Hoje até os Mortos foram Roubados

Dia 1 de Novembro de 2013 foi um dia de assalto sem precedentes. Assaltaram-se vivos e mortos, em todas as gerações – dos vivos é claro.


Hoje, por decisão do Governo, deixou de haver feriado, morrendo com isso uma longa tradição de origens ainda mais antigas que o cristianismo, ou seja, mais de 2000 anos. Impediu-se o continuar de uma tradição que vinha já de tempos celtas e sobreviveu adaptada durante toda a era cristã até aos dias. Impediu-se que as crianças por Portugal continuassem a tradição de irem, de porta em porta, “pedir bolinho”. E, talvez mais grave que tudo o resto, impediu-se que os vivos visitassem, por todo o país, neste dia dedicado aos mortos, os familiares e amigos desaparecidos.

Não é fácil conseguir um roubo de tão grande impacto, especialmente quando até os mortos são roubados.

Algumas curiosidades sobre este feriado no blogue A Busca pela Sabedoria:

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Começa a época das descolagens políticas

O Verão parece estar a atingir o pico máximo de calor. Portugal está em brasa! Neste momento, apesar das temperaturas elevadíssimas que se fazem sentir, os principais fogos e calamidades parecem estar a acontecer no seio do próprio Governo. As indefinições e instabilidades causadas pelos próprios que se dizem defensores do rigor e seriedade deixam os portugueses em estado de descrédito e choque. Os maus exemplos políticos vindos da elite governativa transformam o exercício do poder e da política em atos de chacota pública, desencadeadores de convulsões revoltosas e ódios, tão funestos para a imprescindível coesão e empatia social que precisamos alcançar para descolar desta crise das crises.
A convulsão nacional vem no momento em que as pré-campanhas autárquicas arrancam. Será coincidência? É difícil de perceber o que é estratégia e o que é simplesmente falhanço e incompetência. De qualquer dos modos, a ação do atual Governo tem contribuído para minar a já pouca confiança dos portugueses no exercício da política. Poderá ser mero acaso, mas isso não minora os impactos para as eleições autárquicas de 29 de Setembro, ao fazer aumentar uma já clara aversão dos portugueses para com a política formal.
Novamente, por acaso ou não – qual acaso dos acasos –, os partidos a nível local, especialmente aqueles que apresentam candidatos militantes nos partidos que os apoiam, parecem fugir dos próprios logótipos e cores tradicionais. As mensagens tendem também a ser esvaziadas de qualquer ideologia que poderia ajudar à decisão política. Isso acentua-se mais no caso do PSD e CDS-PP, mesmo em municípios onde isso antigamente seria um ponto forte.
O que não é acaso é a tentativa de descolar das responsabilidades do Governo, com o próprio Primeiro-Ministro a tentar descolar das suas próprias responsabilidades pela vinda da Troika, quando ainda era líder de oposição e fez chumbar o PEC4. Na campanha pelas freguesias a tentativa segue pelo mesmo rumo, evitando ou culpando outros pela atabalhoada reforma da administração local que só serviu para extinguir freguesias sem qualquer ganho justificável. 
No tempo que ai vem, com o calor a apertar, a tendência será para forçar o descolar das responsabilidades dos próprios e das suas famílias políticas, tentando colar remendos e mensagens à pressa para evitar as catástrofes eleitorais de alguns.

Texto publicado no Diário de Leiria e Jornal de Leiria

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Escrever um livro, ter um filho e plantar uma floresta!

Quando disseram que nos deveríamos sentir realizados quando "plantássemos uma árvore, escrito um livro e tido um filho" deve ter havido engano de proporção. Escrever um livro, dependendo do tipo de escrito, pode ser muito trabalhoso, mas comparar o plantar de uma árvore à dimensão de trazer ao mundo um filho é absurdo. Acho que nem o plantar e tratar de uma floresta inteira seria comparável. Acho que temos de reformular a expressão! :)




domingo, 6 de outubro de 2013

O meu livro à venda numa montra de livraria

Confesso que nunca esperei ser autor de um livro, e ainda menos que estivesse na montra de uma livraria, ainda por cima uma, que na minha opinião, é das melhores em Leiria. Quando passo pela dita livraria - Letras & Livros -, que fica muito perto dos meus percursos pedestres diários, o sentimento é de estranheza quando olho para aquele pequeno livro negro - CONTEMPORANEIDADES - Poesia e Pintura de Micael Sousa - ali exposto. É um pedaço de mim que está ali exposto! O mesmo é dizer que não me considero digno de tal honra, mas que quero fazer por a merecer, ensaiando mais trabalho e tentando melhorar - até por que há mesmo muito a melhorar.

Como isto é uma verdadeira redundância, com importância apenas para mim, não podia deixar de registar aqui este momento de vida - sem esperar que este registo tenha muitos leitores, obviamente.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Inauguração pelos Leirienses da Ponte D. Dinis

Numa noite de verão, correndo uma leve brisa por Leiria, os Leirienses inauguram, eles mesmos, a ponte que finalmente concluiu a ligação do Polis.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A trilogia da estória da Quinta do Coelho Amuado

Por vezes a vida real inspira, outras vezes é tudo pura coincidência e a fantasia surge da necessidade de escapar à realidade, criando uma nova, mais simplista e capaz de ser compreendida.
Consciente e incosnciente disto que acabei de escrever, lancei-me na criação de uma pequena estória totalmente ficional, alegórica e onde animais domésticos, no seu ambiente própria, criam um enredo cheio de metáforas e mensagens subliminares.
A estória do tal Coelho Amuado começou por ser pensada como um texto isolado, mas, depois, logo veio a ideia de juntar mais personagens e continuar com a trama. A ideia só se concretizou porque um projeto jornalístico, inovador e arrojado, pensado para jovens - especialmente na prespetiva da juventude de mente arejada que não depende da idade -, me deu o incentivo e possibilidade de divulgar a um público mais alargado esta criação. Foi arriscado, mas o textos, apesar da sua singularidade, até têm tido um número de visitas consideráveis. Obrigado P3!
Ficam então os links dos 3 mini-contos que formam agora uma trilogia:
Havendo a oportunidade, a vontade é de tornar esta trilogia numa novela!

terça-feira, 18 de junho de 2013

Feira de Maio – O Renovar da Magia e das Estórias

A partir de uma certa idade admito que a Feira de Maio começou a gerar em mim sentimentos contraditórios. Não pretendo fazer generalizações, mas poderá haver quem, à sua maneira, sinta ou tenha sentido a mesma opinião paradoxal em relação à dita feira.
Se, para mim, antigamente a Feira de Maio tinha uma magia que só era acessível porque a via com olhos de criança e com uma imaginação inocentemente ilimitada, anos mais tarde o sentimento mudou. Já na adolescência, os carroceis, os doces e os brinquedos passaram a não despertar o interesse de outrora. Entre a música, por vezes ritmada até ao absurdo, carros de choque e afins desenhavam-se outras fantasias próprias de outras idades. Na Feira de Maio ensaiávamos histórias de amor desajeitadas, importantíssimas para o nosso desenvolvimento emocional, numa altura em que tentávamos uma adaptação aos novos corpos de adulto.

Fonte da Fotografia: http://newscentermco.blogspot.pt/2010/05/feira-de-maio-leiria.html

Mais tarde, a feira foi ganhando pó e perdendo o interesse. Mas quase sempre por lá passei, procurando réstias dos sonhos de antigamente, desvanecidos e longínquos. Voltava lá, seguindo um ritual, ainda que no fim de cada ida dissesse: isto já não me diz nada… Mas no ano seguinte regressava. Provavelmente retornávamos muitos - eu e outros como eu -, movidos por sentimento paradoxais semelhantes.
Este ano voltei de novo! Fiquei surpreendido! A Feira de Maio mudara! Mudara de sítio e ganhara novos contornos, parecendo querer modernizar-se e adaptar-se às necessidades dos nossos tempos. A Feira ganhou com a qualidade das infraestruturas disponibilizadas, e até se abriu com ela o Estádio à comunidade, rumo a uma utilidade que muitos exigiam há muito tempo. Este foi um passo simbólico importante para que no futuro a Feira evolua e se continue a desenvolver, mantendo as suas características tradicionais, mas adaptando-se à Leiria e aos leirienses de hoje e de amanhã.
Para o ano quero voltar, e nos próximos também, quem sabe trazendo aqueles que pela idade sentem como ninguém a magia especial da nossa Feira de Maio.
 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

As emoções não unânimes ao projeto: CONTEMPORANEIDADES

O projecto CONTEMPORANEIDADES foi uma experiência pessoal única, mas foi especialmente interessante o processo interactivo e a percepção que criou no outro, em que via e lia, tanto os poemas como as telas. Fiquei algo surpreendido pela falta de uniformização das opiniões de quem entrou em contacto com o projecto e partilhou de sua justiça. Evito a referência a quem não tenha gostado pois muitas dessas opiniões nunca foram verbalizada, apesar de não duvidar que de facto não tenha agradado a todas as pessoas - ou porque as obras eram mesmo más ou porque as receptores não estavam sintonizados com o tipo de comunicação e/ou mensagem inerente. 
Esperava que certas telas e poemas gerassem uma espécie de unanimidade quando se tratasse de eleger os trabalhos (supostamente) mais bem conseguidos, mas não foi isso que aconteceu. Apesar de alguns terem sido tendencialmente escolhidos pela maioria, havia uma grande percentagem de pessoas que considerava os seus preferidos em completa divergência com a suposta tendência geral. Posso apenas especular a razão para tanta divergência de opinião. Talvez tenha sido pelos temas e mensagens, relacionados com os tempos contemporâneos próximos de todos nós, afectando - positiva ou negativamente - cada receptor conforme os sentimentos, memórias e emoções que despertava no seu eu. O recurso ao simbolismo pode ter potenciado isso, pois era adubo para uma imaginação adormecida. Ou então, talvez não, talvez seja pura coincidência. 
De qualquer dos modos, ou muito me engano ou muitas das verbalizações eram mesmo sentidas e a emoção realmente despertada por este ou aquele borrão que me saiu da mão. 
No final da exposição, por comentário de quem percebe do assunto, fiquei com a sensação que tenho tendências surrealistas. Talvez. Seja como for, identifico-me com o que fiz, mesmo que de um modo surreal. 
Fica-me a vontade de criar mais e mais!!!

terça-feira, 16 de abril de 2013

Opinião em contos e estórias sobre coisas sérias

Numa época em que tudo parece ser um mar de incertezas e surpresas - dito assim para não ser muito pessimista - lembrei-me de recorrer a uma velha fórmula para expressar algumas opiniões sobre o atual momento em que vivemos. Curiosamente, na mesma semana, dois Media, bem diferentes, publicaram dois textos igualmente únicos que fiz recorrendo à mesma técnica.

Usando, e talvez abusando, de inspirações à "La Fontaine" ou "Orwellianas", saíram-me, por via dos dedos que caiam nas teclas, os dois textos de um modo alegórico, e, por vezes, humoradamente satírico.

O primeiro foi criado para o semanário regional Região de Leiria, fazendo várias alusões a contos e ficções populares, para abordar a problemática de definição e constituição de uma região que parece igualmente fantasiosa. O texto em causa pode ser visto AQUI.

O segundo foi criado para o projeto P3, associado ao Jornal Público, e trata alegoricamente de uma determinada Quinta que é governada por um tal Coelho. O texto em causa pode ser visto AQUI.

 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Um dia das mentiras mentiroso como os outros

Com tanta mentira a circular nos últimos tempos, o melhor seria dedicarmos o dia de hoje à verdade. Pelo menos seria uma mentira útil.


quarta-feira, 27 de março de 2013

Participação na V Antologia de Poetas Lusófonos

Para grande pena minha não pude participar na sessão de apresentação da V Antologia de Poetas Lusófonos, mas hoje finalmente consegui ter nas mãos as duas obras que me cabiam. Os dois poemas da minha participação - "Viver na Quente Incerteza" e "Que Solidariedade" - resultaram no direito a ter dois exemplares que irão ocupar um lugar de carinho na minha biblioteca. Registo esta redundância pela curiosidade desta coincidência de sair esta participação nesta antologia poética ao mesmo tempo que apresentei um outro livro de poesia - CONTEMPORANEIDADES. Qualquer dia ainda alguém pensa que sou um poeta...


terça-feira, 26 de março de 2013

Necessidade de Energias Sustentáveis

As Energias Renováveis têm de ser parte incontornável do futuro! Sem dúvida que interessa ter fontes inesgotáveis de energia, mas o facto de serem renováveis não resolve, por si só, o nosso problema energético e os impactes ambientais associados.
Mais que “Energias Renováveis”, de um modo pragmático, precisamos de “Energias Sustentáveis”! Nem sempre “renovável” é sinónimo de “sustentável”, e por vezes as não renováveis, a curto prazo, até podem ser as mais racionalmente sustentáveis. Polémicas à parte, o problema energético exige análise cuidada, e no caso português mais ainda, pois a nossa dependência energética externa condiciona o nosso desenvolvimento. Importa fazer balanços dos gastos e ganhos, comparando energias despendidas e produzidas. Pode bem acontecer gastar-se mais energia não renovável nos processos de implementação e utilização (produção, logística, construção, transporte, armazenamento, etc.) das energias renováveis do que a quantidade de energia limpa por elas produzida. Assim, em certos casos, o saldo pode ser negativo, a todos os níveis. Mas essas limitações devem ser analisadas com muita cautela, pois as energias não renováveis, como todos sabem, podem causar, para além dos impactes ambientais decorrentes da sua normal obtenção, verdadeiras calamidades!


Por vezes, para que possamos usar, no dia-a-dia, energia dita limpa, proveniente das renováveis, muitos foram já os custos energéticos provenientes de outras fontes altamente lesivas para a garantia da sustentabilidade económica e ambiental. Daí ser imperativo analisar cada caso e fazer o devido cálculo energético.
Pelos menores impactes ambientais, e por ainda estarem em fase inicial de desenvolvimento e implementação, as energias renováveis tendem a ser subsidiadas pelos Estados. Isso pode ser mais um problema, pois os fundos públicos são cada vez mais exíguos, sem fundos para que se financie algumas potenciais insustentabilidades.
Assim, de futuro, precisamos de energias verdadeiramente sustentáveis, renováveis ou não. Precisamos de garantir as nossas necessidades energéticas através das tecnologias de menores custos (implementação, produção, manutenção, ambientais e outros). Até lá teremos de continuar a investigar para tentar atingir esse objetivo, mas enquanto a utopia não se concretiza, cada um de nós vai querer continuar a ligar o interruptor e a pagar o mínimo possível por isso.

Texto publicado no Diário de Leiria, Jornal de Leiria e Diário as Beiras

quarta-feira, 13 de março de 2013

O Nascimento do meu 1º Livro individual - Contemporaniedades


Nasceu o meu primeiro livro, de nome "CONTEMPORANEIDADES". Este livro resulta de uma mistura de criações: poéticas e plásticas. Nele constam 30 poemas de crítica satírica social para, em conjunto com as telas simbólicas a pastel em fundos negros, tentar fazer uma reflexão muito particular sobre os nossos dias de hoje. Será sempre uma visão pessoal - ainda que por vezes metafórica e simbólica, nem sempre aparente - a que estará registada naquelas páginas de papel, mas desse pessoalismo opinativo - talvez errático - poderá surgir a ignição para a reflexão alheia. Se assim for, fica cumprido o objetivo do livro em causa. Apesar das mensagens fortes e bem vincadas - mesmo que tratadas estilisticamente -, a ofensa tentou ser evitada pela suavidade da escolha das palavras e em admitir logo à partida a facilidade com que o erro se cria. O livro, caso desperte emoções e reações em quem o ler, nunca foi pensado para convencer. Gerar concordância ou levar cada uma e cada um a defender uma opinião contraditória ao que consta do livro seria, a meu ver, um produto muito positivo para este trabalho amador.

Para poder ter acesso ao livro basta, depois da apresentação - 21h00 - contactar. Para ver as telas basta ir à Biblioteca José Saramago entre 15 de Março e 26 de Abril de 2013.

sábado, 9 de março de 2013

Uma exposição que me irá expor no dia 15 de Março na BJS

Já falta menos de uma semana para uma exposição que me irá expor. Com qualquer tipo de exposição, ainda que na altura de avançar para elas o nervosismo não me condicione, quando chega o momento da verdade a ansiedade manifesta-se em mim. No entanto, sem arriscar e sem sair fora da caixa - como se diz muito agora - dificilmente se consegue fazer algo (de bom ou de mau) que acrescente. Bem, não vale a pena pensar muito nisso agora, mais vale avançar e preparar, do melhor modo possível, o evento.


Agora um pouco sobre o livro. Este projecto surgiu a partir de umas coisas que tinha já feitas, mas desenvolveu-se a partir do momento em que se formalizou a disponibilidade do espaço para a exposição. Assim, com um objetivo definido e data para cumprir, tudo se foi estruturando e construindo como um todo, tanto os poemas como as telas. O estilo adoptado foi bastante simples - nas telas com o recurso a minimalismos nas formas e nas cores, e nos poemas recorrendo a uma abordagem quase popular e rima formal. Tudo isso foi pensando para facilitar a transmissão da mensagem social ligada aos nossos tempos, que é satírica, crítica, reflexiva e, por vezes, quase optimista!
Aproveito também para agradecer a todos os que ajudaram nesta aventura. Não vou nomear ninguém, pois, muitos já estão identificados nos agradecimentos do livro, e porque quem ajudou, no fundo, sabe que lhe estou profundamente grato!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O Urbanismo de Barcelona

Há muitas razões para falar de Barcelona. É incontornável a importância histórica, cultural, artística, industrial e desportiva desta enorme cidade, que bem poderia ser uma capital de país - apesar de ser a capital de uma nação -; mas queria-me centrar mais nos seus aspetos, formas e funcionalidades, urbanos.
Esquina Sagrada Família
No século XIX, vivendo um fulgor industrial que trouxera riqueza à cidade, mas alguma destruição e destruturação urbana, é decidido implementar um grande plano urbanístico, garantindo a salvaguarda do património existente e uma expansão ordenada, respeitando as funções de uma cidade moderna. Assim, em 1853, Ildefons Cerdà inicia, ele próprio - apesar de ser engenheiro e político em funções -, um monumental plano urbanístico de intervenção que iria mudar a cidade, e transforma-la num ícone urbano, local onde tantos outros ícones posteriormente surgiram.
Esquina a 45º de cruzamento
As novidades do plano de Cerdà, para além das largas avenidas que possibilitavam inserção de cortinas de arvoredo, passaram pela adoção: de grandes avenidas diagonais, que quebravam a monotonia da malha quadrangular; e de um original formato, em planta, dos quarteirões urbanos. Essas áreas, destinadas à urbanização, tinham a particularidade de formarem esquinas a 45° (em vez dos habituais 90°), nas interceções das rodovias. Isso permitia reduzir sombreamentos, aumentar a visibilidade e tornar mais amplos e arejados os cruzamentos. Os quarteirões também eram vazados, havendo pátios internos de espaços livres que podiam servir de apoio a equipamentos e várias atividades urbanas e de lazer.
Avenida Arborizada

As medidas urbanas adotadas em Barcelona continuam a criar uma cidade de especial funcionalismo. Os cruzamentos sempre foram, em todas as cidades, pontos críticos para o tráfego, e onde tendencialmente atividades urbanas de apoio se concentram. São também os locais onde surgem os principais condicionamentos, e mais poluição se forma (devido ao “para arranca”).
Hoje, as soluções urbanas de Cerdà continuam a permitir mais arejamento e vistas de únicas de maior profundidade.
Nota: Fotografias de Micael Sousa; texto criado para a coluna "Viagens (fora) da minha terra", do Jornal de Leiria.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Exposição Fragmentos de Luz - Uma coletiva de fotografia

Depois de meses de formação, acompanhados de muita experimentação, deixando a segurança dos modos "automáticos", irei apresentar, em conjunto com os colegas do curso de fotografia digital da Fotograf ´arte, o primeiro projeto fotográfico e mexposição aberta ao público. A exposição inaugura dia 22 de Fevereiro e segue até dia 14 de Março. Fico à espera de visitas e comentários, pois garanto que haverá bons trabalhos expostos, pelo menos os dos colegas estão muito bem conseguidos! - palavra de fotografo amador.

"Fragmentos de luz. Dezasseis olhares. Incomuns. Por aqui, nos encontramos e nos perdemos em sonhos. Por aqui. Seguimos em busca de histórias à espera de se recontarem. Por aqui. Eis o olhar especial que se emociona muito para lá do arco-íris e das lágrimas que o Amor abafa. Por aqui. Celebramos a busca de cumplicidades e contrastes, entre o presente e o passado, numa Rua da cidade. Por aqui. Perdemo-nos ao sabor de uma estória de amor sob os arcos e ritos de passagem. Por aqui. Bebemos, juntos, as palavras de Neruda, naquilo que nos inebria e contagia o olhar. Por aqui. Damos de caras com o olhar, nobre, generoso e abnegado de quem nos salva. Por aqui, viajamos no tempo, para um olhar longínquo da cidade actual do Lis. Por aqui. Sentimos os sons que a poesia da imagem desvela. Por aqui. Surpreendemo-nos, na reclusão confinada de celas, e aí encontramos asas feitas de poesia. Por aqui. Deparamo-nos no olhar atento dos traços desenhados que animam uma parede. Por aqui. Manifestamo-nos anti-televisão. Por aqui. Deixamo-nos ir na música das imagens. Por aqui. Reencontramos a sensibilidade de sete ofícios a sete mãos. Por aqui. Buscamos na arte de rua, um rosto anónimo, mas próximo e familiar. Por aqui. Percorremos, entre luzes e sombras, caminhos interiores que nos revelam uma força insuspeita. Por aqui. Dançamos ao ritmo da paixão que um sonho move. Venha daí. Connosco. É por aqui."
 
Texto de Carla de Sousa

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um centro comercial central diferente em Milão

De todas as grandes cidades de Itália, Milão talvez seja a menos conhecida pelo seu património artístico e arquitetónico, ficando aquém de outras cidades como Florença, Veneza, Roma e etc. No entanto, no centro da cidade existem alguns locais impossíveis de esquecer. Destaca-se a Catedral (Duomo), inserida numa enorme praça, o Teatro Scala, o Castelo dos Sforza e as galerias Vitor Emanuel. É exatamente pela particularidade do último local que ensaio este texto, tentando lembrar e sugerir uma ideia e modelo que, apesar da antiguidade, por cá pouco se implementou.

As galerias Vitor Emanuel são, em parte, percussoras dos “shoppings” contemporâneos. No entanto, podem – e penso mesmo que devem – ser vistas como um exemplo e oportunidade para o comércio dito tradicional e de implementação nos centros históricos das cidades. As galerias de Milão, com mais de 150 anos de existência, por serem uma criação comercial de transição, conjugam o melhor dos dois mundos: o comércio tradicional e a grande escala (de qualidade arquitetónica).

No fundo, essa construção comercial de Milão não é mais do que uma rua comercial pedonal coberta, definida pela bela arquitetura de época, devidamente enquadrada no edificado envolvente, criando uma harmonia muito própria e algumas perspetivas únicas e invulgares de uma verdadeira composição urbana. As galerias situam-se exatamente no centro da cidade, ao lado da magnífica catedral e do famoso Teatro Scala, formando um conjunto coerente de valor acrescentado. Passa-se, a pé, dos passeios e praças diretamente para a galeria, quase sem darmos por isso. A integração é perfeita, permitindo que subsista aí o comércio tradicional – ainda que tendencialmente de luxo. Existem desde as lojas tradicionais ao “franchising”, e até “fast food”. No entanto, o comércio tradicional persiste, nas próprias galerias ou nas ruas adjacentes, que recebem ainda a influência positiva de proximidade.

Por cá, pela nossa região e suas cidades, à nossa escala, poderíamos seguir por um caminho semelhante, reinventado o comercio tradicional, os nossos centros urbanos e “shoppings”. Se a roda já foi inventada, porque não a colocar a rolar, fazendo as devidas adaptações?
Nota: Fotografias da autoria de Micael Sousa; texto criado para a coluna "Viagens (fora) da Minha terra" do Jornal de Leiria

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Uma Reportagem e uma Crónica no P3 do Público

Num determinado dia fui contactado para fazerem uma reportagem sobre o "Movimento ANTI-Corrupção" para o P3 - um projeto online associado ao jornal Público, criado e pensado por jovens jornalistas.
Penso que a reportagem ficou interessante, ainda que o título exagere um pouco o meu envolvimento nesta causa. Dedico especial atenção ao tema, mas, obviamente, não se vive e sobrevive só da cidadania - pelo menos eu não! Aqui fica o registo dessa reportagem, muito bem executada pela Mariana Correia Pinto: Micael Sousa faz do combate à corrupção um modo de vida
 A partir dessa reportagem, surgiu a oportunidade de ter no P3 uma crónica da minha autoria. Não  desperdicei a oportunidade - ainda que possa ter sido mal conseguida -, e lá escrevi algo inspirado pelos princípio que me levaram a cria o blogue A Busca pela Sabedoria - o meu primeiro blogue, dedicado á cultura geral. O texto em causa, com o título a dizer já muito, ficou assim arranjado: A Especialidade que leva à Ignorância Geral
Tudo isto pode ter sido, apenas e tão somente, mais uma redundância, ente tanas que vou (mal) escrevendo, mas não podia deixar de a registar aqui.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Jogos sustentáveis para Sociabilizar e Desenvolver

Os jogos de tabuleiro estão muito longe de ser uma novidade. Basta pensar nos séculos de sucesso do xadrez.

No entanto, nos últimos anos têm surgido no mercado nacional cada vez mais opções para jogar em sociedade, à mesa e sem gastar energia. Para além dos conhecidos jogos de tabuleiro mais tradicionais e habituais, surge agora uma imensa panóplia de jogos de maior complexidade e iteratividade, onde cada partida é sempre diferente e desafiante, sem que a sorte seja um fator preponderante. Estes novos jogos, tendencialmente de origem germânica, são uma novidade capaz de divertir, entreter e estimular com desafios estratégicos, públicos heterogéneos. Esses jogos, com temas e mecânicas diferentes para todos os gostos, criam uma competição iterativa onde vence quem melhor souber gerir e otimizar os recursos disponíveis, desenvolvendo-se rumo aos objetivos de vitória em causa, atendendo sempre às opções e relações com os demais jogadores. Existem jogos tão diversos como: gestão agrícola; redes energéticas; transportes; comércio; construções de cidades; desenvolvimento de civilizações; entre muitos outros.
Insisto na divulgação destes jogos pois criam novas oportunidades de entretenimento e até de desenvolvimento cognitivo. Estes jogos fomentam exercícios intelectuais complexos e divertidos, modos de sociabilizar entre amigos, e evitar as já imensas horas que passamos em frente a monitores e afins. São uma oportunidade para as próprias famílias, dispensando os excessos em frente a televisões, computadores e videojogos. Não é por acaso que os jogos de tabuleiro ganham novo terreno e complexidade, surgindo cada vez mais como alternativa a outros modos de entretenimento caseiro. Podem aproximar amigos, pais e filhos, de um modo construtivo e sustentável.

O sucesso (e origem) deste tipo de jogos no centro e norte da europa, especialmente na Alemanha, pode levar-nos a outras reflexões. Primeiro, porque são povos muito mais habituados a sociabilizações entre portas; e depois porque são países que se caraterizam por diferentes tipos de organização e de empreendedorismo implícitos. Isto poderá não querer significar nada, e até nem haver qualquer relação entre os hábitos lúdicos e as realidades socioeconómicas desses países, mas não deixa de ser curioso e de dar que pensar!
Por cá a realidade vai mudando. Começam a surgir jogos complexos de tabuleiro nacionais, e na nossa região, na Nazaré, ocorre todos os anos uma convenção nacional de jogos do género. Vale a pena experimentar!
Texto publicado no "Diário as Beiras" e "Diário de Leiria"

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Ser ou não ser Quadrado?

Devemos evitar ser quadrado, pois os nossos vértices podem magoar outros, e impedir-nos de encaixar em certos ambientes.


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Um exemplo para não generalizar sobre gerações


Entre ontem e hoje presenciei dois exemplos, muito concretos,  que obrigam a reflectir quando se começam a fazer juízos de valor e generalizações geracionais. 

As minhas vizinhas do lado, que muitas vezes abusavam nos barulhos nocturnos, mas que se mostraram conscientes quando conversei com elas sobre o seu comportamento  de modo a que percebessem como incomodavam todos os demais vizinhos, ontem deixaram na nossa porta um bilhete avisando que iriam fazer barulho nesse dia, mas só até à meia-noite, justificando que haveria um aniversário lá em casa. Perante isto, este ato responsável e de respeito para com o outro, quem pode dizer que o respeito cívico morreu?
Por outro lado, acabo de vir do cinema, tendo assistido a um musical, sentado à frente de um grupo de jovens da mesma idade que as minhas vizinhas. Apesar de termos avisado para o facto de estarem a fazer demasiado barulho, continuaram a conversar sem sequer baixarem a voz, apesar de um deles os tentar chamar à razão. Só se calaram quando porque abandonaram o filme já quase perto do fim. No final reparei que tinham deixado uma quantidade impressionante de lixo, da comida e bebida que tinham levado para dentro do cinema, no chão.
Com estes dois exemplos, mas poderia haver muitos mais, só podemos concluir que, nas gerações, como em muitos outras casos, não devemos fazer generalizações, e tomar a parte pelo todo.


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Redundâncias da Actualidade - criado em Novembro de 2009 por Micael Sousa





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