sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ressuscitar o otimismo em inícios de novo ano!

Neste início de ano tenho notado algo de estranho em Portugal. Os portugueses nem sempre dedicam muita atenção e entusiasmo aos cumprimentos e saudações formais e informais entre desconhecidos – por exemplo, nem sempre se diz “bom dia” quando se entra numa loja, e, nos pequenos centros urbanos, já quase ninguém cumprimenta desconhecidos que passam pelo seu bairro. Não significa que sejamos “mal-educados”, mas comparativamente com outros povos ficamos um bocado aquém da etiqueta do dia-a-dia, o que é um pouco estranho pois até somos um povo aberto, caloroso, amistoso e que sabe receber. Apesar disso, costumamos, pelo menos nos primeiros dias de um novo ano, aquando dos nossos formais ou informais cumprimentos, fazer votos e desejar “um bom ano” ao nosso interlocutor. Parece, no entanto, que nestes inícios de 2012 as pessoas estão ainda mais reticentes em fazer esses votos. Parece que para muitos é quase ofensivo ser demasiado otimista nas felicitações de “ano novo”. Isso parece-me preocupante, pois revela indícios de uma psicologia negativista nefasta que leva a abdicar do que nos pode fazer superar este ano 2012, que se avizinha difícil. Seguramente que as dificuldades económicas e financeiras virão, seguramente que o Estado terá menos condições para nos aliviar e auxiliar naquilo que deveriam ser as suas funções, seguramente que continuará a ser difícil encontrar emprego, seguramente que a pobreza e desigualdades sociais continuarão a crescer. Por tudo isso, há que não baixar os braços e o otimismo ativo passa a ser cada vez mais uma necessidade imperativa!

   Para além dos cumprimentos, até nos nossos noticiários e serviços de informação reina o pessimismo e o espirito catastrofista. Por exemplo, ao compararmos os noticiários portugueses com os franceses ficamos chocados. Por cá os nossos duram o dobro do tempo e estão repletos de notícias catastróficas – e, quando as nacionais não chegam, procuram-se no estrangeiro. Não me parece que a culpa seja dos jornalistas, parece-me mais que é também aqui o funcionamento descontrolado do mercado da informação em ação. O negativismo está demasiado bem cotado nos Mass Media como fonte de audiência, erradamente a meu ver pois todos estamos já fartos dessas abordagens! São cada vez mais os que desligam as televisões… Precisamos de inovar no modo como se transmite a informação. Todos temos de fazer o nosso papel, por isso ficamos também à espera que os Media possam continuar a informar-nos mas optando por uma maior ênfase otimista na transmissão da notícia.
 
   Já é velho o ditado “tristezas não pagam dívidas”, já o otimismo se não o tentarmos nunca saberemos se servirá ou contribuirá para minimizar os nosso problemas. Não podemos abdicar do que melhor nos resta: a esperança de dias melhores! Se não tentarmos ser otimistas, ainda que realistas e conscientes, não poderemos tirar o melhor partido do que poderá vir neste ano de 2012. Pois, tudo na vida tem sempre um lado positivo e por vezes as crises trazem também oportunidades!

(Texto publicado no Jornal Tinta Fresca em 8 de Janeiro de 2012, no Jornal de Leiria em 12 de Janeiro de 2012 e no Diário de Leiria em 12 de Janeiro de 2012)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Vão-se os homens, ficam as obras e os exemplos

Este início de ano foi, de algum modo, estranho. Sabemos que a morte faz uma parte inevitável e derradeiramente integrante da vida de todos nós, mas quando vemos algumas pessoas desaparecer (especialmente aquelas que consideramos mais importantes) é inevitável pensarmos no silêncio e vazio da morte. Desde o início deste 2012 desapareceu Leonel Costa, depois Mário Brites e recentemente José Ribeiro Vieira (referências que faço e lembro sem diminuir todos os outros, mais ou menos desconhecidos, que, tendo desaparecido também, mereçam ser recordados pelos seus feitos e obras). Neste que foi assumido por algumas teorias da conspiração como o fim do mundo, infelizmente o ano começou com o fim para destacados e importantes cidadãos da nossa cidade e região. Ficou Leiria mais pobre com estas perdas, com o desaparecimento destes homens empreendedores - em muitas e diversas áreas - e que pelo seu trabalho, iniciativa e atividades, a desenvolveram [a região].  

Desapareceram os homens mas ficam as obras, sendo que não ficará o silêncio e o vazio quando as vidas foram preenchidas e repletas de nobres feitos e atos - mesmo que desconhecidos e por vezes de dimensões difíceis de reconhecer à primeira vista. 
Penso que a melhor homenagem - a estes, e outros e outras, grandes cidadãos - que lhes devemos fazer é contribuir também, o mais que pudermos - individualmente e/ou em grupo -, para elevar a cidadania e desenvolver a nossa terra, e com isso o país. Sendo que desenvolvimento não será somente melhorar a economia ou "fazer dinheiro", mas sim também contribuirmos para o desenvolvimento de todas as nobres atividades humanas, à semelhança dos exemplos que bebemos destes ilustres desaparecidos de Leiria.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Sessão organizada pela NERLEI e ADLEI para debater a "Reforma da Administração Local"

Assisti com interesse à sessão de debate sobre a "Os desafios da administração local" - uma excelente iniciativa cívica da NERLEI e da ADLEI - que aconteceu em Leiria no passado dia 18 de Janeiro. Não é a primeira vez que vou a uma iniciativa destas, mas do pouco tempo que pude assistir até que posso dizer: foi tempo bem empregue. Apesar das redundâncias, dos anacronismos, das incongruências, de algumas teorias que roçam o paradoxo, quer dos feitores quer dos detractores, houve alguns pontos de interesse e quase-revelações.
Parece que ficou claro que a reforma não é ditada por questões economicistas, pois a poupança poderá ser nula ou até trazer custos acrescidos. Logo, até que poderia ser evitável fundir ou eliminar Freguesias, isto pensando no tipo de trabalho e serviço - especialmente o social. No entanto, parece ser objectivo do Governo, ainda que os métodos pareçam quase paradoxais, reforçar e melhorar o poder local - provavelmente o meu entendimento é que é fraco, e incapaz de perceber esta estratégia de reformulação, pois o efeito em muitos casos, tal como foram definidas as regras, parece vir a ser exactamente o contrário. Mas por outro lado, a mesma posição do Governo pareceu-me muito menos intransigente do que alguns nos fazem crer. Vislumbrou-se nas palavras do representante do poder central alguma abertura para se fazerem alterações e ajustes às propostas do "Livro Verde".
Bem, se a reforma não trará vantagens notórias e imediatas financeiras e se o objectivo é mesmo melhorar o poder local, dando-lhe mais meios e sustentabilidade, porque não alargar o período de debate para mais correcções e melhorias ao modelo inicialmente proposto?
Já diz o povo, aquele que mais ser afectado - positiva ou negativamente - por todo: "Depressa e bem não há quem". Coisa que se agrava quando o assunto é imenso em dimensão e complexidade!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Cuidando pela sabedoria própria e alheia

Num ano letivo que mudei de orientação académica enquanto estudante e no início de um ano civil com novas funções laborais, num dia destes inícios de Janeiro de 2012, algures pela rede social do momento - o Facebook - escrevi as seguintes palavras em tons pseudo-poético:
"Nesta semana devoro páginas, com letras sem fim e significados que quero recordar, sobre civilizações clássicas. Enquanto durante o dia trato das coisas "civis" para que o saber alheio possa também prosperar. É assim a vida de uma espécie de engenheiro com paixão pela história..."

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Kellerman Remixed - Uma nova experiência de escrita

Dia 14 de Janeiro ficou disponível, para leitura e download, o último e-book de Paulo Kellerman - um conhecido e reputado escritor de Leiria. Até aqui nada de novo, pois o autor já tem vários e-books disponíveis online, e são vários também os livros em papel da sua autoria. O que torna este acontecimento relevante é que se trata de uma compilação de textos reconstruidos e recriados a partir de originais de Paulo Kellerman, daí o título "Remixed". Para além dos textos - originais e de remix -, constam até outras remisturas - duas criações sonoras e uma gráfica - que deu origem à capa do e-book, que por sinal é excelente!
Transformo esta notícia em "redundância da atualidade", registando-a aqui no blogue, para recordar a minha primeira experiência, mais séria, a escrever algo ficcional. Sim, tive a honra de ser convidado para este projeto coletivo, tendo escrito a história romanceada "Coisas que se contam no Salão de Beleza", num remix do texto de Kellerman "Coisas que se contam no consultório".
Quero agradecer ao Paulo pelo convite e a uma "bruxinha" pela lembrança e sugestão, realmente só uma assim poderia ter desencadeado a magia para que isto acontecesse.
Despeço-me do registo pedindo desculpa pela minha contribuição. Provavelmente ficou aquém do que esperavam, e do que esperava o autor. Tentei dar o melhor. Falhando completamente ou não, confesso que adorei e irei recordar esta experiência! Quem sabe um dia ainda escrevo uma história ou conto de maiores dimensões pela minha iniciativa própria.

Nota: 
O e-book pode ser descarregado no site do "Região de Leria" no seguinte link: http://www.regiaodeleiria.pt/blog/2012/01/14/kellerman-remixed/
Para conhecer mais sobre o escritor Paulo Kellerman fica o link do seu blogue: http://agavetadopaulo.blogspot.com/

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Receitas para curar uma entorse com uma pitada de cultura

Hoje, depois de vir da minha primeira sessão de fisioterapia descobri que o senso comum e as mezinhas da avozinha que tinha aplicado, para além das pomadas e medicamentos prescritos pela medicina convencional - aquela dos médicos -, até foram tratamentos adequados. Passo então a enumerar para que fique registado, não para curar ninguém mas pelo menos para não me esquecer disto: 
  • 3 dias a colocar gelo em períodos de 15 minutos, isto com o pé mais elevado que a própria perna;
  • 3 dias com emersões em água quente com sal;
  • 3 dias a visitar com muletas museus e espaços de interesse cultural.
Não me perguntem o porquê e a razão de ser dos dois primeiros tópicos, até porque a minha área é a engenharia, mas o certo é que o meu fisioterapeuta corroborou e que a coisa até resultou. Quanto ao terceiro ponto, é indiferente o sitio onde vão, no meu caso foram idas a museus que proporcionaram esta gradual fisioterapia, especialmente porque a geografia em causa as visitas proporcionou.

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Redundâncias da Actualidade - criado em Novembro de 2009 por Micael Sousa





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