domingo, 21 de agosto de 2011

Fazer do "mau tempo" um "bom tempo" para a cultura

Há muito que não se via um Agosto assim, aliás, eu nunca vi no oitavo dos meses - o mês do imperador augusto, o magnífico - um tão envergonhado sol, estranhamente longe. Pode-se dizer, lembrando o imperador que deu nome ao mês, que de magnifico o tempo pouco tem tido, especialmente para quem está de férias e contava regalar-se com o sol, e desse modo vestir um tão apreciado bronzeado.
Mas será que o Verão não poderá servir também para outras vestimentas para além do bronzeado? Pode sim! Pode servir para vestir a alma!, mesmo que os corpos exibam menos roupa.
Com o tempo arruinado para praias e afins, há que encontram ocupação. Pela cidade de Leiria a escolha parece ser o shopping e o comercio do centro da cidade - a crise do sol eclipsa a crise do comercio, pelo menos em número de pessoas que desfilam frente às montras. No entanto, as lojas estão abertas todo o ano e com horários cada vez mais extensos - para o bem e para o mal -, sinal dos tempos que permite compatibilizar o saciar das nossas necessidades - reais ou não - de consumo com o ritmo da vida laboral. Por outro lado, museus e espaços culturais nem sempre estão "abertos" quando os queremos ou podemos visitar, especialmente se isso for durante as rotinas de trabalho. Nem sempre é fácil visitar espaços que fecham antes de sairmos do nosso emprego, que não abrem durante a hora de almoço ou que trancam portas aos fins de semana. Apesar disso, temos de reconhecer que os recursos são limitados e que  nem sempre é fácil ter todos os espaços abertos nas horas mais convenientes para todos os utentes. Lentamente, para usufruto de todos nós isso acabará eventualmente por ir mudando, tal como se passou já por outras paragens.
Pessoalmente, aproveitando o "mau tempo", aconselho uma visita cultural a Leiria, ao seu concelho para começar. Não quero, deste modo, dizer que o mau tempo é a única justificação para fazer visitas culturais, muito pelo contrário, mas Verão e Agosto costumam "rimar" com praia e banhos.
Assim, há que aproveitar a oportunidade para visitar: o Castelo e o MIMO; os vários edifícios religiosos; o urbanismo e arquitectura da zona histórica e rossio da cidade; as exposições temporárias do Banco de Portugal; o Moinho de Papel; o Museu Escolar; o Lapedo; a Casa Museu João Soares; etc. Mas como Leiria é mais que o seu concelho, é também todo o seu distrito que  convida a um diversificado roteiro turístico, com uma grande oferta: cultural; ambiental/ paisagística; gastronómica; etc.
Se o tempo é incerto, podemos fazer disso uma oportunidade inovando. Podemos aproveitar para sair na nossa terra, para conhecer a nossa cultura e património, para conversar e ouvir as nossas gentes, para apreciar o que se faz nas artes e espectáculos, para descobrir os nossos produtos e paisagens.
Há que fazer do "mau tempo" um "bom tempo", de oportunidades, para umas férias com cultura.

Texto publicado no Diário de Leiria em 17 de Agosto de 2011 e no Jornal de Leiria em 18 de Agosto de 2011

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A visita do Papa a Espanha e o povo oprimido do Vaticano

O Papa visita uma Espanha tumultuosa por causa da sua própria visita. Muitos manifestaram-se contra a vinda do Papa e os custos que isso teria para o Estado Espanhol. Bem, de facto o Papa é um Chefe de Estado (para além de líder religioso) e não se notam este tipo de protestos quando são outros líderes e representantes de nações a visitar os nossos vizinhos. Mas há algo que se deve notar, o Papa é de facto um Chefe de Estado mas o seu Estado é o único não democrático da Europa Ocidental

Isto até  pode levantar outras questões: será que os USA tentarão libertar o povo do Vaticano?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O primeiro livro, a primeira participação enquanto autor

Não posso deixar de assinalar e registar o momento em que fui, pela primeira vez, participante como autor numa publicação de um livro em papel. Não se trata de nenhum romance, de numa ficção nem sequer de nenhuma publicação técnica ligada às minhas áreas de formação, nem mesmo algo de tendência política. Então que mais restaria ou poderia ser? Bem, a resposta é simples para quem me conheça e saiba por que causas que me tenho batido ultimamente. Sim, o livro no qual fui um dos muitos autores vem a propósito do Movimento Anti-Corrupção. Mesmo sendo uma surpresa, mais surpreendente e a publicação nem sequer ser portuguesa - que por si só é curioso e resultou de um desenrolar de acontecimentos ainda menos previsíveis.


Lá para o início do ano, para grande, mas mesmo grande, surpresa o blogue do Movimento Anti-Corrupção foi seleccionado pelo concurso internacional de blogues The BOBs do jornal alemão The Deutsche Welle para a final na categoria de "melhor campanha de activismo social", tendo sido o único nomeado português. A propósito dessa nomeação saiu uma pequena notícia no El País sobre os nomeados, sendo que incluíram o blogue do Movimento. Foi provavelmente devido a essa publicação que a ONG sediada em Madrid Cibervoluntários teve conhecimento do Movimento Anti-Corrupção, de como esse movimento pretendia reforçar e capacitar os cidadãos, através da informação e cidadania para o reforço ético e transparência, de modo a combater a corrupção. A ONG convidou-me, enquanto criador do Movimento, a fazer um texto com cerca de 12.000 caracteres sobre o potencial das TIC na capacitação dos cidadãos, e de como isso poderia ser utilizado para combater a corrupção. Assim, foi criado o texto "As Tecnologias de Informação e Comunicação no Combate à Corrupção por parte dos Cidadãos" especificamente para  a publicação anual, na forma de livro e pdf, intitulada "Innovación para el empoderamiento CIUDADANO a través de las TIC". Esta edição, que conta com textos de autores de vários países que escrevem em várias línguas - espanhol, inglês e, no meu caso, em português - encontra-se disponível para download gratuito no site da ONG em: http://www.empodera.org/pdf/libro.pdf.

Não posso esconder que ver o livro e o texto (a partir da página 145) em papel ao vivo me deixou muito contente, pois, mesmo sendo responsável por uma pequena parte desta publicação, nunca pensei sequer escrever uma frase para um livro.

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Redundâncias da Actualidade - criado em Novembro de 2009 por Micael Sousa





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