sexta-feira, 18 de junho de 2010

Que nunca morra verdadeiramente Saramago!

Uma grande personalidade da cultura Portuguesa contemporânea pereceu. Saramago, esse autor, escritor e pensador, que muitos Portugueses conheceram somente depois de no estrangeiro, através da Academia Sueca, ter sido galardoado com o famoso e prestigiado Prémio Nobel, ou “Nobele” como Saramago gostava de pronunciar, faleceu.
Apesar de já há muitos anos radicado em Lanzarore, nas Canárias, num exílio quase forçado pela incompreensão e anti-corpos que gerou em Portugal, este Homem sempre foi um verdadeiro Português. Com os anos não perdeu o espírito crítico e o inconformismo tão típico da nossa nacionalidade. As suas obras e modo de estar irreverente, ousado e pouco convencional para um Portugal tradicionalista e conservador, despoletavam em alguns sectores da sociedade Portuguesa a inimizade e antipatia. Certo muitos ficaram contentes por agora, pelo força da biologia e condição Humana, cessarem as suas incomodas obras.
Mas agora que o perdemos, muitos dos seus detractores certamente não lhe pouparam elogios, pois é comportamento próprio a adoptar perante a sociedade aquando de um falecimento.
Apesar da sua morte, a obra de Saramago fica, não morrendo nunca, a não ser que os esqueçamos. 

2 comentários:

  1. Perda lamentável para o mundo. Ele influenciou muitos aqui no Brasil. Fiz uma rápida homenagem em um dos meus blogues.

    Abraços.

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  2. Que nunca morra verdadeiramente o grande escritor José Saramago.
    Ele nos deixou um tesouro maravilhoso. Uma das belíssimas frases que se destacam: "Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos".
    A questão da forma nas obras de Saramago, é por ser altamente expressiva, nos dão pistas que nos conduzem a um maior entendimento, pela presença da obra "Ensaio sobre a cegueira", sobre a questão da recuperação da visão, ou simplesmente, tomada de consciência, para nos aprofundarmo-nos com lucidez no mundo actual, com a obra "Ensaio sobre a lucidez", expressou uma grande satisfação, e merece especial atenção pela forma como quis transmitir à humanidade.
    Muitas mais obras há para mencionar, vem-me à memória uma obra que trouxe bastante polémica, às "mesas redondas", considerada blasfémia e abusiva, trata-se da obra "O evangelho segundo Jesus Cristo", foi suficiente para levarem Saramago ao auto-exílio. A obra narra a história de Jesus humanizado, com defeitos e virtudes, com dúvidas e convicções, com teimosias e medo, sendo um homem, filho de Deus, mas homem.
    Perde-se uma referência luminosa de dignidade e grandeza. Foi o primeiro prémio Nobel da Literatura Portuguesa, figura de grande coerência e frontalidade.
    Saramago despediu-se serenamente e tranquilamente, era um homem sem medo, um génio e quis voltar para Portugal. Tenhamos orgulho, das suas obras, da cultura que nos deixou.

    Descance em PAZ.

    Lumena

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