terça-feira, 23 de março de 2010

Alguém no PSD redescobriu a Social-democracia, a fase da toranja

Embora questões relacionadas com as estruturas e organização interna do PSD não estejam entre os assuntos que me despertem mais atenção, ou sobre os quais procure informação, fiquei surpreendido com o discursos de um dos candidatos à presidência do PSD. Quase por acaso assisti à entrevista do candidato Castanheira de Barros, e depois de reflectir sobre as suas palavras, constateis que, pelo menos aparentemente, existe ainda alguma ideologia Social-democracia em alguns dos militantes do PSD, e não somente a tendência para o neoliberalismo

Enquanto militante do Partido Socialista e convicto defensor do Estado-providência e do papel de regulamentação do estado como promotor da igualdade de oportunidades, fiquei alegremente surpreendido por existir um candidato a líder do maior partido da oposição que defende a Social-democracia em oposição ao neoliberalismo (apanágio de outros candidatos). Numa época de crise em que o Estado deve ser o primeiro promotor da equidade social é bom saber que nas fileiras da oposição (estranhamente incluindo o PSD) existe alguém que defende um modelo “semelhante” ao que defendo o Partido Socialista (ler princípios), pois, neste momento mais que em qualquer outro, necessitamos de cooperação entre todas as forças políticas para fazer face a uma crise que faz todos os dias as suas vítimas, muitas delas vítimas apenas da especulação (uma doença do liberalismos económico que alguns tentam mascarar e ocultar, exigindo um estado menos interventivo, ou seja, incapaz de defender quem realmente preciso e tem dificuldades em se defender por si próprio).

 Resta saber se o discurso de Castanheira de Barros é realmente verdadeiro e não pura demagogia política.


Estará a laranja a avermelhar e a assemelhar-se a uma toranja vermelha?

2 comentários:

  1. Muito haveria para contar. O seu preâmbulo denuncia falta de conhecimento. Esse proteccionismo estatal que o ilude, é uma das mais flagrantes práticas responsáveis pela 'preguiça voluntária' que tanto se faz representar nesta sociedade.

    Alberto Sousa

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  2. A falta de conhecimento é sempre relativa e discutível. Mas recorrendo a minha, posso afirmar algumas trivialidades como o afastamento da social democracia mais que evidente no PSD.

    Nem todos têm as mesmas oportunidades ou valências, mas todos têm direito à dignidade enquanto seres Humanos. Esses direitos só podem ser garantidos através do papel do Estado enquanto promotor da igualdade de oportunidades e da garantia que os cidadãos são dotados dos níveis mínimos a que a dignidade Humana exige.
    Chamar preguiçosos a quem necessita de apoio e ajuda é sinal de profunda falta de solidariedade, ausência de qualquer sentimento de filantropia e ignorar completamente a realidade miserável de algumas pessoas. Essa dita miséria não desaparece chamando de preguiçosos a quem nela vive, ou porque nela nasceu e não conhece outro modo, ou por a ela ter sido forçada.

    A igualdade de oportunidades ainda é uma ilusão, dai a necessidade de intervenção.

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Redundâncias da Actualidade - criado em Novembro de 2009 por Micael Sousa





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