segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O celibato é um comportamento sexual aceitável?

Dado que o direito ao casamento está na ordem do dia, e que muitos são os cidadãos e instituições que se pronunciam sobre este assunto, comecei a meditar sobre este assunto. Como se fala tanto de comportamentos ditos normais e aceitáveis, surgiu-me uma questão. Não será o celibato algo estranho também? Não será isso extremamente prejudicial para a sociedade e para o futuro da Humanidade? Mas alguém ousa pôr em causa a liberdade de alguém o ser ou não? Então porque são algumas pessoas tão irredutíveis no que toca a outras opções sexuais alternativas tais como a homossexualidade? Porque querem eles entrar na intimidade desses indivíduos em particular?
É usual ouvir alguns seguidores de algumas religiões tecerem considerações menos próprias sobre a homossexualidade. Porque se preocupam essas religiões e seitas com esta temática? Muitos dos membros dessas confissões religiosas advogando que a homossexualidade se trata de um acto contra-natura, ou seja, segundo o seu ponto de vista, um acto contra Deus, pois quem tem esse tipo de “desvios” está a deturpar o que Deus definiu como a conduta correcta a seguir. Pois, segundo eles, Deus criou o Homem e a Mulher, tendo-lhe e proporcionado o sexo heterossexual como modo de reprodução, sendo todos os restantes modos de ver e viver a sexualidade como algo desaconselhado e até mesmo extremamente negativo e condenável. Segundo este mesmo raciocínio, pseudo lógico, como podem defender essas mesmas pessoas o celibato? Não será isso também, enquanto seres cheios de potencial para a reprodução, desvirtuar os desígnios de Deus? Talvez os problemas seja saber quais esses desígnios, se é que existem!
Segundo alguns estudos também no reino animal se verificam actos de homossexualidade. Será a própria Natureza capaz de actos contra-natura?

Provavelmente nem será um problema religiosos, mas talvez um problema de aceitação do que é diferente, mesmo que isso não afecte quem condena. Eu diria que é um acto de egoísmo, de falta de solidariedade e de ausência de consideração pelos direitos dos indivíduos. Para mim é também algo estranho, ver daqueles que se consideram os mais puros e defensores da moral pensarem tanto nestas questões sexuais e não se imiscuírem de nelas intervirem.  

(texto publicado apenas no blogue)

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Redundâncias da Actualidade - criado em Novembro de 2009 por Micael Sousa





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